Quase três meses depois de o governador Romeu Zema (Novo) sancionar o projeto que aumentou o próprio salário em quase 300%, o assunto segue sendo debatido. Nesta terça-feira (1º), o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) afirmou, em entrevista ao Café com Política, da FM O TEMPO, que o reajuste não está de acordo com a legislação.
Quando o governador Zema fala que no primeiro quadrimestre deste ano as despesas com pessoal representou 49,32% da receita corrente líquida do estado e que não poderia dar aumento, no caso dele foi ilegal. Nós da segurança não estamos pedindo aumento, estamos pedindo recomposição, que é obrigação. Na hora que um sindicato, que tem legitimidade ativa para propor uma ação, o próprio aumento do governador pode ser questionado judicialmente”, pontuou o parlamentar.
Durante a campanha eleitoral pela disputa do primeiro mandato, em agosto de 2018, Zema – que foi o candidato mais rico com um patrimônio declarado de R$ 70 milhões – registrou no 9º Ofício de Notas de Belo Horizonte a promessa de não receber salário.
No documento, o então candidato garantiu ainda que o vice-governador e os secretários também deixariam de receber “enquanto houver funcionário ativo ou inativo com vencimentos, aposentadorias ou pensões em atraso e parcelamento”.
Como não era possível deixar de receber, a partir do momento que foi eleito, Zema informou que ele e o vice à época, Paulo Brant, estavam doando os salários, mas os secretários receberam normalmente