Zema dá 10 dias para secretarias e órgãos apontarem onde cortar gastos
O governador Romeu Zema (Novo) deu início a mais uma medida de contenção de despesas em Minas Gerais. Em comunicado recente, ele concedeu um prazo de 10 dias para que todas as secretarias e órgãos do Estado informem onde farão cortes de gastos. A ação visa enfrentar o rombo estimado de R$ 8,6 bilhões no orçamento de 2025, que prevê R$ 128,9 bilhões em receitas contra R$ 137,5 bilhões em despesas.
A decisão foi tomada após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) alertar que os gastos com pessoal ultrapassaram o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), atingindo 48,8% da Receita Corrente Líquida. Em paralelo, Zema editou um decreto que impõe um teto de gastos ao Executivo, o que gerou descontentamento entre os demais Poderes, já que a medida não passou pela Assembleia Legislativa.
Essa movimentação tem como pano de fundo o esforço do governo mineiro para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A adesão ao regime impõe restrições, mas oferece vantagens como a suspensão temporária do pagamento da dívida com a União, desde que o Estado comprove compromisso com o ajuste fiscal.
Enquanto isso, cresce a expectativa — e a tensão — dentro do funcionalismo público e de setores que temem cortes em áreas essenciais. A determinação de Zema deve impactar diretamente gestores, serviços e investimentos em 2025, e o que será mantido ou sacrificado nos próximos meses ainda está em aberto.
