Veterano da PMMG protagoniza caso de suposto desacato durante fiscalização no Espírito Santo
Circula nas redes sociais um vídeo de pouco mais de um minuto envolvendo um oficial da reserva da Polícia Militar de Minas Gerais e policiais militares do Estado do Espírito Santo. A ocorrência resultou em um extenso Registro de Evento de Defesa Social (REDS), onde consta a versão oficial dos fatos relatada pela guarnição da PMES.
De acordo com o REDS, a equipe da RP 5321 foi acionada pelo CIODES para verificar denúncia de reboques estacionados de forma irregular na faixa de areia ao final da Praia do Morro, em Guarapari/ES. No local, os militares constataram a infração e orientaram os responsáveis pela remoção dos veículos, amparados no artigo 29, parágrafo único, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que considera as areias das praias como extensão das vias terrestres.
Durante a fiscalização, um cidadão se aproximou de forma exaltada, questionando a legalidade da ação e proferindo falas desrespeitosas e provocativas, como:
- “Baixa seu tom de voz!”
- “Onde está o direito da pessoa humana?”
- “Os militares vão saber quem eu sou depois!”
- “Se você não consegue ler, pede para quem saiba.”
- “Não vou conversar com subordinado. Só com militar de igual posto ou superior.”
- “Você está errado de chegar ao seu superior sem prestar continência.”
O comportamento, segundo os policiais, foi acompanhado por atitudes igualmente desrespeitosas do filho do cidadão. Uma testemunha civil, residente em Governador Valadares/MG, que estava presente no local, relatou que em nenhum momento os militares do Espírito Santo foram agressivos ou agiram de maneira desrespeitosa.
Diante da crescente hostilidade, foi acionado o apoio de outras viaturas e do CPU de plantão. Ao ser solicitado que se identificasse, o cidadão informou ser oficial da reserva da PMMG, mas recusou-se a colaborar com a guarnição. Mesmo após receber continência de um dos militares, manteve a postura desrespeitosa e declarou que havia dado “voz de prisão” a dois policiais que participaram da abordagem.
Após consulta à Corregedoria da PMES, foi orientado o registro da ocorrência como desacato, sendo os fatos encaminhados à Delegacia de Polícia Judiciária.
Este texto se baseia nas informações descritas no REDS. O espaço segue aberto caso o policial veterano citado queira apresentar sua versão dos fatos.