"Encenação Fiscal?" — Servidores contestam novo corte de gastos do governo Zema
O governo de Minas Gerais, comandado por Romeu Zema (Novo), anunciou neste sábado (19/4) um corte de R$ 101 milhões no orçamento de 2025. A justificativa oficial é evitar que o Estado entre em “calamidade fiscal”. Mas o Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação (Sinfazfisco-MG) não comprou a narrativa.
Para o sindicato, o contingenciamento é uma “narrativa artificial de crise fiscal”, usada como argumento para barrar a recomposição inflacionária dos salários dos servidores públicos.
Vale lembrar que, menos de 90 dias atrás, o próprio governo divulgou um superávit orçamentário de R$ 5,179 bilhões em 2023 e um caixa de R$ 32 bilhões. Diante disso, o Sinfazfisco classifica o decreto como “encenação fiscal”, questionando a real necessidade do corte.
Enquanto isso, quem paga a conta são os trabalhadores do serviço público, que continuam sem reajuste e lidando com a sobrecarga de trabalho em áreas essenciais como saúde, segurança e educação.
Fica a pergunta: se há caixa e superávit, por que a prioridade ainda é cortar e não valorizar?