quarta-feira, 9 de abril de 2025

 

VIOLÊNCIA EM QUESTÃO

Ministro lamenta ataque do 'Novo Cangaço' e faz crítica a Zema: 'trata os policiais com desdém'

Alexandre Silveira afirmou, nas redes sociais, que Minas sofre com a violência e pede para o governador 'cuidar dos mineiros'

Por Mateus Pena, Raquel Penaforte e Lucas Gomes
Publicado em 08 de abril de 2025 | 19:17

No mesmo dia em que bandidos do 'Novo Cangaço' fecharam a cidade de Guaxupé, no Sul de Minas, para explodir uma agência da Caixa Econômica Federal e dar tiros de fuzil contra a sede da Polícia Militar na cidade, cerca de 300 agentes da força de segurança pública de Minas Gerais fecharam o trânsito na avenida Afonso Pena, na altura da praça Sete, no hipercentro de Belo Horizonte, para protestar contra o governo estadual. E, diante destas duas circunstâncias, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), não poupou palavras para criticar a gestão do governador Romeu Zema (NOVO) em suas redes sociais. 

De acordo com Silveira, ele 'acompanhou com tristeza o caso de violência extrema em Guaxupé'. O ministro afirmou que as forças de segurança podem reprimir esse tipo de crime, porém, Zema trata os policiais com desdém enquanto Minas sofre com atos de violência. "As forças de segurança de Minas Gerais não são valorizadas e precisam ficar exigindo o que já é direito. Para enfrentar esse tipo de crime violento e armado é necessário que a polícia tenha estrutura. Quando era senador, enviei dezenas de viaturas blindadas para nossa PM que, diga-se de passagem, é a melhor do país", ressaltou Alexandre.


Ao finalizar sua crítica, o ministro pediu para o governador cuidar dos mineiros e que, sem segurança, não dá para viver. "Só temos segurança quando os profissionais são valorizados, bem treinados, bem remunerados e a polícia tem estrutura", pontuou Alexandre Silveira. 

Categoria reivindicam recomposição salarial: 'Zema caloteiro'

Na manifestação desta terça-feira (8), as forças de segurança reivindicaram uma recomposição salarial que, segundo os líderes do movimento, está atrasada há mais de uma década. 

“Estamos com uma perda inflacionária de 74,89%, de um acumulado de dez anos. Nesse tempo, houve uma negociação considerando até 2022, e desse total, apenas 13% foi pago. Ou seja, ele propôs três recomposições, só que ele pagou só uma de deu calote em duas”, detalhou o presidente do sindicato dos escrivães da polícia civil do estado de Minas Gerais, Marcelo Horta.