Mateus Simões culpa governo federal por inviabilizar reajuste para forças de segurança mineiras
Durante coletiva, vice-governador disse que veto no Propag vai custar R$ 3 bilhões por ano a Minas e impediu recomposição inflacionária aos servidores
Por Mariana Cavalcanti
Publicado em 24 de março de 2025 | 20:55 Atualizado em 24 de março de 2025 | 20:59
Durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (24 de março), na Cidade Administrativa, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), afirmou que não haverá reajuste salarial para os servidores públicos em 2025. Segundo ele, a decisão foi motivada pelo veto do governo federal a trechos da proposta do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que não permitiu o abatimento de cerca de R$ 3 bilhões por ano da dívida mineira com a União. O impacto, segundo Simões, inviabilizou a recomposição das perdas inflacionárias prometida para este ano.
Esse ano a gente tinha planos para reajuste inflacionário. O que aconteceu? O governo federal aprovou o Propag com um veto a um artigo que vai custar 3 bilhões de reais a mais para a gente esse ano, ano que vem e no ano seguinte. Todo o espaço que eu tinha para fazer revisão inflacionária foi engolido pelo agiota oficial que é a União”, declarou o vice-governador.
A declaração de Simões acontece em meio à pressão de deputados estaduais e representantes das forças de segurança pública, que cobram a recomposição salarial e reajuste inflacionário. Os sindicalistas alertaram para a possibilidade de mobilizações caso o governo estadual não atenda às reivindicações.
Na coletiva, Simões defendeu que o governo estadual tem buscado alternativas para melhorar a remuneração das forças de segurança, mesmo diante das limitações orçamentárias. “Todos os servidores merecem revisão inflacionária. Mas é inegável que a gente tenha feito o nosso melhor para oferecer à segurança pública uma condição de reagir à altura a esse aumento de preço que a gente vem enfrentando”, afirmou.