sábado, 15 de março de 2025

Desabafos



Não queria comentar sobre este assunto de auxílio, devido ao nível de polêmica que ele gera, mas a hipocrisia é muito grande.


Vi alguns comentários de militares veteranos condenando estes "penduricalhos" da ativa, mas as mesmas pessoas recebiam abono permanência, o qual fazia com que seus vencimentos ultrapassassem o teto do funcionalismo público.


Estão condenado o valor de 1 mil reais de auxílio alimentação, que atinge os militares que ganham menos, mas não recriminavam os 33% de abono permanência (sobre todo o seu vencimento), para quem ganhava mais (quando estavam na ativa), abono o qual não incorporou para reserva.


*recebido 



A falsa paridade entre praças e oficiais: um jogo de interesses?


Durante anos, fizeram-nos crer que a paridade entre praças e oficiais existia. Mas, olhando para a realidade, quem realmente tinha mais vantagens? Quem sentou à mesa e negociou esse modelo? Quem convenceu a tropa de que aquilo era o melhor caminho?


A verdade é que nunca houve paridade real. Desde o ingresso na carreira, as diferenças são gritantes. Um cadete entra na academia e, com um único concurso, chega à reserva no mínimo como coronel. Já o praça inicia como soldado e, para ascender na hierarquia, precisa enfrentar sucessivos concursos e processos seletivos. No passado, até para cabo era necessário concurso, enquanto para primeiro-tenente não. Com o tempo, essa discrepância foi reduzida, mas ainda assim, a ascensão dos praças segue limitada e desigual.


Se houvesse verdadeira paridade, o tempo de promoção de um soldado a cabo deveria ser o mesmo de um cadete a primeiro-tenente, com critérios equivalentes. Da mesma forma:


De cabo a 3º sargento deveria seguir os mesmos critérios de primeiro-tenente a capitão, com a exigência de curso específico.


De 3º sargento a 2º sargento, equivalendo à promoção de capitão a major.


De 2º sargento a 1º sargento, equivalente à passagem de major a tenente-coronel.


A graduação de subtenente e o posto de coronel deveriam ser alcançados na reserva por todos, com alguns podendo atingi-los ainda na ativa.



Esses critérios nunca foram discutidos por aqueles que se dizem defensores da paridade. Por quê? Seria porque não interessa a eles ou porque essa estrutura nunca foi realmente pensada para ser justa?


O fato é que a desigualdade na progressão de carreira foi intencionalmente construída e mantida ao longo dos anos. Enquanto não houver uma reformulação real, a chamada paridade continuará sendo uma promessa vazia, usada apenas para manter a tropa sob controle.


*recebido

Pendurado o coturno

  O blog da Renata Pimenta parabeniza o 1º Sargento Watson por sua merecida reserva após 30 anos de serviço dedicados à gloriosa Polícia Mil...