sábado, 1 de março de 2025

História e Liderança na PMMG: Verdade ou Mito?

 


História e Liderança na PMMG: Verdade ou Mito?

Nos corredores da Polícia Militar de Minas Gerais, circulam histórias sobre comandantes que, em diferentes momentos da história, se posicionaram firmemente em defesa da tropa. Mas até que ponto essas narrativas correspondem à realidade?

O Coronel Nelson Fernando Cordeiro, conforme relatado, teria pedido demissão durante o governo Eduardo Azeredo por não ver atendida a necessidade de reajuste salarial da tropa. Essa decisão, caso confirmada, representaria um gesto de firmeza e comprometimento com os militares que comandava.

Já no governo Newton Cardoso, o Coronel José Braga Júnior teria sido exonerado por reivindicar melhores condições para seus subordinados, chegando a ser punido com privação de liberdade no 7º BPM. A seriedade desse relato indica o alto custo que alguns oficiais pagaram ao desafiar o governo em nome da corporação.

Outra figura mencionada é o Coronel Josemar Trant de Miranda, que, segundo a versão compartilhada, teria defendido a dignidade da tropa sem comprometer a disciplina. Da mesma forma, o Coronel Giovanni Silva teria sido decisivo ao convencer o governador Romeu Zema a sancionar uma parcela de reajuste de 13%, contrariando pareceres técnicos e garantindo um avanço para a categoria durante a pandemia da Covid-19.

Além disso, destaca-se o papel do então Comandante-Geral Cel Renato no reajuste de 100% concedido pelo governo Antonio Anastasia, apontado como um marco nas negociações salariais da PMMG.

No entanto, entre os relatos, surge também a lembrança do Coronel Edgar Soares, que teria se recusado a comandar uma "tropa de passa fome" durante a gestão de Newton Cardoso, sendo exonerado por sua postura. Esse episódio, segundo relatos, teria impulsionado a implementação do chamado "gatilho salarial", mecanismo de reajuste automático que, infelizmente, não existe mais.

Essas histórias levantam questionamentos sobre os verdadeiros responsáveis pelos avanços e retrocessos na valorização da Segurança Pública. Quem, de fato, luta pela tropa? Quem se beneficia das reivindicações? E por que, apesar de tantas batalhas, a proteção salarial ainda não é garantida por lei?

Fica a reflexão sobre o papel dos comandantes e dos governos ao longo da história da PMMG. Se, no passado, havia lideranças dispostas a confrontar o poder pelo bem da tropa, o que mudou nos tempos atuais?


*recebido

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