Minas Gerais
Policiais Civis, Militares e Penais prometem protesto no dia 28
Insatisfação com governo Zema e condições de trabalho motiva mobilização.
21 de fevereiro de 2025
Apesar das recentes declarações do governador Romeu Zema (Novo) sobre a valorização das forças de segurança pública de Minas Gerais, a categoria segue insatisfeita e promete uma manifestação para o próximo dia 28, véspera do carnaval. A concentração será às 9h, na Praça Sete, em Belo Horizonte, e contará com a presença de policiais civis, militares e penais. Entre as reivindicações estão a recomposição das perdas salariais acumuladas, a reposição da inflação e a implementação do vale-refeição.
Promessas e Insatisfações
Durante a inauguração de uma delegacia da Polícia Civil nesta segunda-feira (17), Zema afirmou que o governo está avaliando formas de valorizar as forças de segurança.
Contudo, ressaltou que as finanças estaduais ainda enfrentam sérias dificuldades, apesar das expectativas com o programa de renegociação de dívidas (Propag).
Apesar das promessas, entidades de classe relatam que, até o momento, nenhuma medida concreta foi garantida.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Minas Gerais (Sindpol-MG), Wemerson Oliveira, destacou a precariedade na Polícia Civil, considerada a mais sucateada entre os órgãos de segurança do estado. Além disso, criticou o aumento na contribuição do plano de saúde, que mais que triplicou os custos para os servidores.
“Um policial que pagava R$ 275 por mês, agora paga mais de mil reais”, afirmou.
Carnaval e Mobilização
Com a proximidade do carnaval, a insatisfação se intensifica. Segundo Oliveira, as férias de todos os investigadores de polícia foram suspensas para garantir reforço durante o evento, mesmo para aqueles que ja haviam planejado viagens. Para o sindicalista, a medida visa passar uma falsa sensação de segurança para os turistas.
Reivindicações das Categorias
Além da Polícia Civil, os militares também se mostram insatisfeitos. O vice-presidente da Aspra/PMBM, sargento Marco Antônio Bahia, destacou que a recomposição das perdas inflacionárias, estimadas em 41%, e fundamental.
Ele também defendeu o vale-refeição e melhores condições salariais, argumentando que a remuneração atual é inferior a de 1997.
Fonte: Blog Renata Pimenta