sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

 O Governo de Minas anuncia, com orgulho, que pelo quarto ano consecutivo alcançou equilíbrio fiscal e um superávit de R$ 5,179 bilhões. Mas, se a situação financeira do Estado está tão estável, por que os policiais e bombeiros continuam sem um reajuste digno? O discurso de austeridade e responsabilidade fiscal só parece valer quando se trata de quem arrisca a vida diariamente para proteger a população.


O governo justifica que precisa conter gastos com a folha de pagamento, mas não hesita em ampliar despesas em outras áreas e fazer propaganda de uma gestão eficiente. Na prática, a eficiência só se traduz em sacrifícios para os servidores que já sofrem com jornadas exaustivas, escalas sobrecarregadas e salários corroídos pela inflação.


Os mesmos governantes que prometeram valorização e respeito à categoria durante a campanha agora se escondem atrás de números positivos para justificar a falta de reajuste. Alegam compromissos com a dívida pública, mas esquecem que um Estado seguro é condição essencial para o desenvolvimento econômico e social. Os policiais e bombeiros não estão pedindo privilégios, apenas um reconhecimento financeiro justo pelo trabalho que desempenham.


Se há equilíbrio fiscal e superávit, a desculpa de falta de recursos não se sustenta. A verdade é que o governo escolheu suas prioridades – e, mais uma vez, a segurança pública não está entre elas.




Renata Pimenta 

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