Corrida do @bope_pmmg
A aproximação recente do governador Romeu Zema com a Polícia Militar de Minas Gerais não parece ser apenas uma demonstração de apreço pela corporação, mas sim uma manobra política cuidadosamente calculada. Em um contexto onde as demandas da tropa permanecem sem solução — como a questão do interstício, a sobrecarga de horas extras e a defasagem salarial —, o discurso de valorização soa vazio e oportunista.
Zema sabe da força política que a PM representa, tanto pela influência direta na segurança pública quanto pelo alcance entre familiares e comunidades. Ao se aproximar da corporação, ele não apenas busca neutralizar críticas internas, mas também capitalizar um apoio que pode ser decisivo em eleições. No entanto, a tropa não se deixa enganar tão facilmente. Gestos simbólicos e aparições públicas não substituem ações concretas, e a falta de diálogo transparente com os militares, somada à resistência em atender reivindicações legítimas, expõe o verdadeiro objetivo: garantir votos e apoio político, enquanto problemas estruturais continuam ignorados.
Essa política de "simbolismo sem substância" é perigosa, pois desgasta ainda mais a relação entre o governo e os servidores da segurança pública. O governador precisa decidir se quer realmente valorizar a PM ou apenas usá-la como trampolim para seus interesses políticos.
Espero estar enganada, quem sabe por trás desse puxa-saquismo venha a tão sonhada recomposição salarial. Oremos e cobremos....
Equipe Blog da Renata Pimenta