quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

 


O IPCA de 4,71% como referência para reajuste salarial dos servidores públicos é insuficiente diante da longa defasagem acumulada nos últimos anos. Esse percentual, embora necessário para repor a inflação de 2024, está longe de corrigir as perdas reais enfrentadas pelos profissionais que sustentam a máquina pública. A precariedade salarial afeta diretamente o bem-estar dos servidores e, consequentemente, a qualidade dos serviços prestados à população.



Além disso, o discurso de austeridade fiscal adotado pelo governo Romeu Zema desconsidera o impacto humano da política de contenção. Servidores enfrentam não apenas a inflação, mas também sobrecarga de trabalho e, em muitos casos, condições laborais precárias. Um reajuste de 4,71%, embora tecnicamente baseado na inflação anual, está longe de ser um avanço; é, no máximo, um paliativo insuficiente para atender às necessidades básicas da categoria.


A pergunta que fica é: por que o governo insiste em tratar os servidores como uma despesa a ser controlada, e não como um investimento no funcionamento do estado? Enquanto isso, os profissionais da segurança pública, saúde, educação e demais áreas essenciais continuam desvalorizados, carregando nas costas uma gestão que prioriza números em detrimento de pessoas. É urgente não apenas repor a inflação, mas corrigir as perdas históricas e assegurar dignidade aos servidores.




Será que o governo cederá à demanda por reajuste completo ou manterá o discurso de responsabilidade fiscal?

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