domingo, 12 de janeiro de 2025

Indicação de PM para coordenar grupo irrita delegados da Polícia Civil Grupo que discutirá a regulamentação da Lei Orgânica da Polícia Civil será coordenado por atual chefe de gabinete de Guilherme Derrite Luiz VassalloVinicius Passarelli 12/01/2025 18:12, atualizado 12/01/2025 18:12

  O governo de São Paulo criou um grupo de trabalho para discutir a regulamentação da Lei Orgânica da Polícia Civil e colocou um coronel da reserva da Polícia Militar para coordenar os trabalhos do órgão. A iniciativa gerou críticas de delegados.  Segundo a publicação feita no Diario Oficial, caberá ao atual chefe de gabinete do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, a coordenação do grupo.  Atualmente, o cargo é ocupado por Paulo Mauricio Maculevicius Ferreira. Ele ingressou na Polícia Militar em 1996 e possui “carreira consolidada no Corpo de Bombeiros desde 2000”, segundo sua minibiografia no site da SSP. Antes de ser chefe de gabinete, Maculevicius foi assessor parlamentar de Derrite na Câmara dos Deputados por dois anos.  A indicação de um quadro da PM para chefiar o grupo gerou críticas entre delegados da Polícia Civil. O Movimento Delegados de Polícia pela Democracia divulgou uma nota de repúdio em que afirma que a indicação de um coronel da PM para chefiar o grupo “causa extrema preocupação” e “representa uma afronta direta à autonomia institucional da Polícia Civil, cujas diretrizes devem ser elaboradas por profissionais da própria carreira de delegado de polícia, em conformidade com a Constituição e as legislações vigentes”.  Os delegados ainda criticam a distribuição das cadeiras no grupo de trabalho, que consideram desequilibrada, com dois representantes da Polícia Civil, frente a três da Secretaria de Segurança Pública e um da Casa Civil, “ignorando o protagonismo que a Polícia Civil deve exercer na regulamentação de sua própria Lei Orgânica”, protestam.  “Essa configuração compromete gravemente a legitimidade do Grupo de Trabalho e o respeito aos princípios que regem a organização e a atuação das polícias judiciárias. Delegar a coordenação dos trabalhos a um policial militar revela um desrespeito à autonomia da Polícia Civil, instituição que tem sua direção conferida exclusivamente a delegados de polícia de carreira, como assegurado pela legislação nacional e estadual”, afirma o movimento.

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