Pedido de Socorro: Desabafo de um Policial Militar
Hoje, escrevo não como um soldado, mas como um ser humano pedindo ajuda. Estou no meu limite. A farda que um dia me encheu de orgulho, hoje pesa como nunca. Fui transferido para longe da minha família, quase mil quilômetros de casa, para um lugar onde não conheço ninguém, enfrentando uma realidade que tem consumido minha saúde mental e física.
Nos últimos meses, me vi mergulhado em um abismo de ansiedade e desespero. Precisei me afastar, precisei de remédios, precisei de forças que já não tenho mais. Pedi para sair, para me desligar de uma instituição à qual já dei tanto de mim, mas me negaram até isso. Sinto que estou preso, como se minha liberdade dependesse de um sofrimento ainda maior, como se minha dor não fosse suficiente.
Eu não consigo mais. Estou exausto. Não quero desistir da vida, mas sinto que a vida está desistindo de mim. Tudo o que eu peço é compreensão, é um gesto de humanidade. Quero ir para casa, para junto da minha família, onde posso tentar reconstruir o que resta de mim.
Se isso é um pedido de socorro, que alguém ouça. Não quero que minha história termine assim. Quero viver, mas não consigo continuar nesse caminho. Peço apenas para que me deixem ir. Não há honra em forçar alguém a permanecer onde só há sofrimento.
Por favor, ouçam meu pedido. Antes que seja tarde demais.