terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Governo Lula publica decreto que regula uso da força policial

 


Governo Lula publica decreto que regula uso da força policial


O decreto assinado pelo presidente Lula sobre o uso da força policial revela uma desconexão preocupante com a realidade enfrentada pelos profissionais de segurança pública no Brasil. Ao estabelecer restrições rígidas para o uso de armas de fogo e priorizar instrumentos de menor potencial ofensivo, o texto ignora o contexto de violência extrema em que muitos policiais atuam, frequentemente enfrentando criminosos fortemente armados e dispostos a tudo.


Definir o uso da arma de fogo como "último recurso" pode colocar a vida dos policiais em risco, já que decisões em situações de confronto precisam ser rápidas e muitas vezes não permitem a análise detalhada prevista no decreto. Além disso, proibir o uso de armas contra pessoas em fuga ou em veículos que desrespeitam bloqueios, exceto em casos de risco imediato, pode dar margem para que criminosos desafiem a autoridade policial, aumentando a sensação de impunidade.


Ao impor essas diretrizes sem oferecer garantias de suporte efetivo, como equipamentos adequados, treinamento contínuo e condições dignas de trabalho, o decreto parece mais preocupado em atender discursos políticos do que em proteger as vidas dos policiais e da população. A exigência de relatórios detalhados sempre que houver ferimento ou morte, embora pareça um avanço em transparência, pode acabar intimidando os agentes e criando um ambiente de insegurança jurídica, onde cada ação será potencialmente questionada, mesmo em casos legítimos.


Enquanto a violência no país aumenta e os policiais continuam sendo alvos constantes, o governo opta por medidas que fragilizam ainda mais a atuação desses profissionais. A vida dos policiais, que já vivem sob risco constante, merece mais respeito e proteção, não regras que limitam sua capacidade de reagir e se defender em cenários de alto perigo. É necessário lembrar que por trás do uniforme existem homens e mulheres que precisam de suporte e valorização, e não de políticas que colocam suas vidas em segundo plano.


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