Parece que, mais uma vez, temos declarações vazias de quem deveria estar defendendo de forma consistente os interesses de toda a categoria, mas que se limita a um discurso vago e sem propostas concretas. Ao que tudo indica, estão mais preocupados com os veteranos – sobretudo os do quadro do QQ, que ao menos têm seus proventos assegurados. Mas, e quanto aos profissionais que ainda estão na ativa? Especialmente aqueles que vivem sob a pressão do regime do ADE, com jornadas exaustivas e incertezas sobre o futuro?
Perguntas importantes ficam sem resposta. Qual é a real remuneração mensal do Coronel? Eles recebem diárias? Conta com adicionais? É fundamental que as informações sejam transparentes, para que se compreenda se há coerência entre as palavras e os benefícios que recebe.
Enquanto em algumas instituições, como a PMDF, existe o SVG (Serviço Voluntário Gratificado), onde o policial escolhe se quer ou não atuar em eventos e recebe uma gratificação adicional por isso, aqui em Minas o cenário parece muito distante dessa realidade. Lá, o SVG não interfere no serviço ordinário e, por escolha, o policial pode trabalhar de forma remunerada em sua folga. Em 2023, o Comandante da PM esteve no DF para conhecer essa proposta, mas até agora nenhuma medida foi implementada.
A paridade entre ativos e aposentados parece ser uma preocupação apenas quando é vantajosa para a instituição. Onde estava essa defesa quando o quinquênio foi extinto em 2003? Essa falta de ação evidencia o quanto precisamos de lideranças que realmente compreendam as demandas dos profissionais de segurança pública da nova geração. Quem será o próximo a assumir um compromisso genuíno com os desafios e a dignidade da nossa tropa?
*Recebido