sábado, 16 de novembro de 2024

Três policiais penais são presos por maus-tratos em Tupaciguara Detentos do presídio de Tupaciguara fizeram denúncia ao MP por maus-tratos e retaliação dos policiais penais que acabaram presos

 

Detentos do presídio de Tupaciguara fizeram denúncia ao MP por maus-tratos e retaliação dos policiais penais que acabaram presos

Policiais Penais são Presos Preventivamente em Tupaciguara por Supostos Maus-Tratos

Nesta quinta-feira (14), três policiais penais foram presos preventivamente em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, acusados de maus-tratos e agressões contra presos do presídio local. As detenções ocorreram em cumprimento de mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal e Execução Penal da Comarca de Tupaciguara. Os servidores estão sendo investigados pelo crime de tortura.

Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos policiais, resultando na apreensão de armas particulares e institucionais, munições, identificações funcionais e aparelhos celulares.

A investigação teve início após uma inspeção realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) no presídio no dia 7 de novembro. Durante a visita, presos relataram excessos por parte dos policiais penais. Ainda no mesmo dia, houve uma suposta simulação de rebelião na unidade, na qual bombas e spray de pimenta foram utilizados, em um ato que teria sido uma retaliação às denúncias feitas pelos detentos.

No dia 10 de novembro, os mesmos servidores teriam agredido os presos de uma cela específica, fato que gerou novas denúncias por parte dos detentos e de seus familiares. Esses relatos subsidiaram o pedido de prisão preventiva dos envolvidos.

Os policiais penais foram encaminhados ao Presídio Professor Uberlândia, onde permanecem detidos aguardando audiência de custódia e as devidas providências legais.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG) reiterou que não compactua com desvios de conduta de seus servidores e que todas as ações que contrariem os procedimentos-padrão são rigorosamente apuradas, com respeito ao direito à ampla defesa e ao contraditório.

O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) acompanha os desdobramentos do caso.