Justiça Militar Converte Prisão em Flagrante de Militar da ROTAM para Preventiva, Acusado de Homicídio Omissivo
A Justiça Militar converteu a prisão em flagrante do militar que acompanhava o Cabo Rafael Delgado Will Nogueira, da ROTAM, em prisão preventiva. A decisão ocorreu após a audiência de custódia realizada neste domingo (29/9), na qual o militar foi acusado de homicídio omissivo.
Segundo investigações preliminares, o militar não prestou assistência imediata ao colega Rafael após ele ser baleado em uma troca de tiros. O incidente ocorreu na madrugada de sábado (28/9), nas proximidades da Avenida Heráclito Mourão de Miranda, em Belo Horizonte, e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o momento em que o Cabo Rafael é atingido e, segundo a acusação, o militar presente no local não teria agido prontamente para socorrê-lo.
o advogado disse que os militares haviam passado a noite em uma boate na região da Pampulha antes do incidente. Depois, seguiram para outra casa de shows, porém o acusado não conseguiu esclarecer os motivos que culminaram na troca de tiros.
O crime aconteceu em frente a uma casa de shows na região da Pampulha e chocou a corporação e a comunidade local. A decisão de converter a prisão em flagrante para preventiva teve como base a necessidade de preservar a ordem pública, manter a hierarquia e a disciplina militar, garantir a conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal militar.
O advogado do policial detido, Glauber Paiva, nega qualquer omissão de socorro. Segundo a defesa, o cabo, lotado em Lagoa Santa, na Grande BH, saiu do local “por receio à sua vida e integridade física”. Antes, no entanto, ele verificou que Rafael já não apresentava sinais vitais e ligou para o número de emergência, 190. Após se afastar inicialmente, o acusado ainda teria retornado à cena do crime mais tarde, o que, para a defesa, refuta a alegação de omissão de socorro.
Fonte: Blog da Renata Pimenta