"Carta de Desabafo: O Impacto de uma Prova Injusta
A quem interessar,
Escrevo esta carta como um desabafo sincero sobre a experiência que tive com o concurso para soldado da Polícia Militar de Minas Gerais. Preparei-me durante mais de um ano, investindo meu tempo e energia, sempre acreditando que minha dedicação seria recompensada. Fiz simulados regularmente, e os resultados eram promissores — sempre acertando cerca de 38 a 39 questões, o que me dava confiança de que estava pronto para encarar o desafio.
Porém, no dia da prova, a realidade foi muito diferente. Enfrentei uma prova de nível elevadíssimo, que parecia mais um teste de resistência mental do que uma avaliação de competências para o cargo de soldado. O resultado foi devastador: acertei apenas 28 questões, muito abaixo do que esperava, mesmo após todo o esforço que coloquei.
Entendo que a carreira militar não é fácil, e jamais pedi que a prova fosse. Longe disso, acredito que o processo seletivo deve ser rigoroso e bem estruturado. No entanto, o que nós, candidatos, pedimos é uma prova condizente com o perfil da função de soldado, que teste as habilidades e conhecimentos necessários para o desempenho prático do cargo. O que encontramos foi uma avaliação que parecia desproporcional e distante da realidade, algo que, na minha opinião, não reflete o que é exigido no dia a dia da função.
Essa experiência me deixou não só frustrado, mas também com uma sensação de injustiça. Sei que não estou sozinho nisso; muitos outros candidatos estão sentindo o mesmo. A preparação intensa, a esperança, tudo se torna uma enorme decepção quando o nível da prova ultrapassa o necessário, tornando o processo mais excludente do que justo.
Este desabafo é um apelo para que, no futuro, haja uma reavaliação dos critérios e do formato dessas provas. Queremos ser avaliados de forma justa e realista, com questões que reflitam o que realmente precisamos saber para exercer a função de soldado, e não uma prova que pareça um obstáculo intransponível.
Continuo determinado a seguir meu caminho e a lutar pelo meu sonho. No entanto, espero que minha voz, assim como a de tantos outros candidatos, seja ouvida. A Polícia Militar merece profissionais dedicados, que se prepararam para servir e proteger, e uma prova justa é o primeiro passo para garantir isso".