"Vou falar a verdade nua e crua a respeito do voto da polícia. É fato que todos somos polícia: o veterano é polícia e o ativo também é. Contudo, colocar-se à disposição em período eleitoral, estando na ativa, é algo que expõe o candidato da ativa a riscos e consequências que o candidato da reserva não enfrenta mais. Isso é inegável. O policial da reserva continua sendo polícia? Sim, continua. Como costumo dizer, nosso juramento não tem data de validade. Quando fazemos o juramento, ele não se encerra com a reforma; continuamos sendo policiais.
No entanto, o policial que se candidata e coloca seu nome no pleito eleitoral se expõe a riscos dos quais o veterano está isento, pois este não está mais sujeito ao sistema. O veterano não sofre mais as pressões do sistema, enquanto o policial ativo sabe que, ao se colocar à disposição para tentar melhorar algo, seja para a tropa ou para a cidade, se voltar sem mandato, poderá enfrentar consequências desastrosas. Já o veterano, independentemente do resultado, segue sua vida normal. O policial da ativa, por outro lado, pode esperar represálias, como transferências ou procedimentos administrativos, mesmo antes de oficializar sua candidatura. Apenas o fato de expressar intenção de ser pré-candidato já desencadeia uma série de procedimentos que transformam sua vida.
Essa perseguição é real. Já aconteceu comigo, com Meirelles e agora está se repetindo com Jalyson, Bruno Ongaro e Rodrigo, de Carangola, do BPTran. Por isso, a tropa tem o dever moral de eleger esses policiais que estão se colocando à disposição. Ninguém se expõe por vontade própria, e quem tem a coragem de se colocar dessa forma merece ser valorizado. Se não elegermos esses policiais que estão se oferecendo para melhorar a situação, as consequências para eles serão pesadas: transferências, processos, justiça militar, gastos com advogados, entre outros desafios que já conhecemos.
Estamos juntos nessa missão. Força e honra! Obrigado!"
Cabo Magela
