quarta-feira, 11 de setembro de 2024

“Se eu estiver errada, por favor, me corrijam: a introdução da folga por produtividade sugere que a recompensa de folga prevista no código de ética foi substituída por métricas questionáveis.”

Política de Recompensa de Folga por Produtividade


Se eu estiver errada, por favor, me corrijam: a introdução da folga por produtividade sugere que a recompensa de folga prevista no código de ética foi substituída por métricas questionáveis.




A recente introdução da "folga por produtividade" como sistema de recompensa para os policiais da 212ª/67° BPM, levanta preocupações significativas, especialmente por não estar prevista na legislação vigente.


A legislação e o código de ética da Polícia Militar foram elaborados para garantir um padrão justo e transparente de recompensas e benefícios. A implementação de uma folga condicionada à produtividade não apenas contraria esses princípios, mas também pode gerar uma série de problemas.


A nova política de recompensa de folga não está contemplada na legislação atual, o que a torna uma medida questionável e possivelmente não alinhada com as normas legais e regulamentares da Polícia Militar. Alterações nas recompensas e benefícios devem ser feitas de acordo com as diretrizes legais para garantir justiça e conformidade.

Embora a intenção seja promover a produtividade, a falta de clareza sobre os critérios de avaliação pode criar um ambiente de trabalho desmotivador. Policiais podem se sentir pressionados a competir entre si, em vez de colaborar, prejudicando o espírito de equipe e afetando a moral da unidade.

A avaliação subjetiva da produtividade pode levar a decisões arbitrárias e injustas, onde policiais que não têm as mesmas oportunidades ou condições podem ser desfavorecidos. Isso pode resultar em um sistema de recompensas desigual, onde a dedicação e o esforço genuíno nem sempre são reconhecidos de forma justa.

O foco excessivo na produtividade pode desviar a atenção dos policiais das suas responsabilidades principais e comprometer a qualidade do serviço prestado à comunidade. A segurança pública e a eficácia das operações policiais não devem ser sacrificadas em prol de métricas de desempenho que podem ser inadequadas ou mal interpretadas.


Qualquer sistema de recompensa ou benefício  deve ser implementado com base em diretrizes claras e legais. A "folga por produtividade" deve ser reavaliada e ajustada para garantir que esteja em conformidade com a legislação e que não comprometa a justiça, a moral e a qualidade do serviço. A transparência e a equidade devem prevalecer para assegurar um ambiente de trabalho justo e motivador para todos os policiais.


Atenciosamente,

Renata Pimenta 

Blog da Renata Pimenta 

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