sexta-feira, 6 de setembro de 2024

O bajulador na política

 O bajulador na política 



Plutarco foi um historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo médio platônico grego, que disse certa vez que "a varejeira agarra-se às orelhas dos touros, e o carrapato às dos cachorros. 


Assim, o bajulador, ao deleitar com elogios as orelhas daqueles que amam a glória, fica-lhes de tal maneira ligado, que eles não podem mais separar-se". 


Os tiranos e os maus políticos, que são projetos de ditadores, no fundo, são seres fracos moralmente, por isso, precisam tanto da presença dos bajuladores. 


Apesar de fracos, são omissos e perpetradores do mal e é por isso que em qualquer regime que se preze, e que se qualifique como democrático, é fundamental o sistema de freios e contrapesos, que tem por finalidade corrigir os impulsos devassos dos tiranos e da súcia de bajuladores que o cerca. 


É fato que o poder embriaga, mas causa danos maiores ao sujeito de personalidade fraca, por isso, caro cidadão, todo aquele que almeja entrar na política precisa seguir o conselho do velho Plutarco, já citado anteriormente. 


Ele diz: "É preciso arrancar do coração o amor-próprio e a boa opinião sobre nós próprios, pois estes são os nossos primeiros aduladores que, abrindo a porta aos bajuladores estranhos, tornam-nos presas fáceis de seduzir. 


Se observarmos nossas palavras e nossos afetos, estaremos protegidos das armadilhas dos bajuladores".


Caro cidadão, quando avaliar um político, analise também quem o cerca, se forem bajuladores tenazes, evite o político em questão e seu bando, pois eles farão muito mal ao estado, a nação e  ao município.


José Luiz Barbosa 

Advogado criminalista 

1 Sgt PM  - RR

Ex-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares  - ASPRA-PMBM