domingo, 1 de setembro de 2024

 


Hoje, venho tratar de um tema que tem sido motivo de preocupação em diversas organizações e que, lamentavelmente, ainda persiste em muitas delas: a falta de respeito e cuidado para com os policiais e bombeiros.


É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda existam instituições que priorizem exclusivamente os resultados, desconsiderando por completo o bem-estar e a saúde física e mental de seus subordinados.


No contexto específico das corporações, é profundamente lamentável que comandantes exijam o cumprimento de metas diárias sem considerar a prática de maquiagem de ocorrências e a ausência de compensação pelas horas extras trabalhadas. Além disso, a crescente competição interna só agrava o estresse e a pressão sobre os oficiais, colocando em risco sua saúde física e mental.


Mais grave ainda é o fato de que atestados médicos são contestados por profissionais não especializados na área, em desrespeito à regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM), conforme estabelecido no artigo 52. Tal conduta evidencia uma total falta de consideração com a saúde e uma desvalorização do trabalho desses profissionais.


Essa situação torna-se ainda mais alarmante quando levamos em conta que uma das maiores causas de adoecimento na corporação são os transtornos psicológicos. É imperativo que medidas sejam adotadas para proteger a saúde mental dos profissionais, incluindo o acesso a tratamentos adequados e o respeito aos atestados médicos emitidos por profissionais qualificados.


Por fim, reitero que a tropa merece respeito e cuidado por parte da corporação. Esses homens e mulheres dedicam suas vidas à proteção da sociedade e merecem um ambiente de trabalho saudável e respeitoso. Esperamos que providências sejam tomadas para corrigir as questões mencionadas e garantir o bem-estar desses heróis.


Atenciosamente,


Renata Pimenta