**Silêncio Ensurdecedor**
Em um período sombrio, Minas Gerais se tornou o palco de um drama cruel e inaceitável. Em apenas dois dias, o estado testemunhou um banho de sangue e uma tragédia inominável: quatro valentes policiais militares foram imolados, vítimas de um horror que desafia qualquer compreensão. Um sargento, abatido com a covardia de quem não conhece a honra; um cabo, perdido em um surto de desespero; e outros quatro, que, em um grito silencioso de angústia, abandonaram a farda, mergulhando em um luto sem fim. Cada distintivo que caiu é um grito mudo de sacrifício, um eco da luta que não deveria ter sido em vão.
No entanto, o verdadeiro desamparo vem do silêncio ensurdecedor das autoridades. Onde está a voz que deveria se levantar em defesa dos que arriscam suas vidas para proteger a nossa segurança? Onde está a liderança que, em vez de se esconder, deveria estar à frente, garantindo que esses sacrifícios não sejam esquecidos, e que justiça seja feita?
A cada dia que passa sem uma resposta concreta, sem ação decisiva, a urgência se torna um grito desesperado. Vocês ainda têm coragem de apoiar políticos que, sob a orientação do governador de Minas, falharam miseravelmente em proteger aqueles que nos protegem? O luto não pode ser uma cortina de fumaça para a inércia; o silêncio das autoridades não pode ser o único testemunho de uma crise que exige ação imediata. A indignação e a dor clamam por respostas, e o tempo está se esgotando.
Renata Pimenta
