O governo não cedeu a pressão, ledo engano.
Está tensionando como estratégia política de redefinição da base na ALMG.
Jogou a isca da migalha do índice de 3,62% da recomposição salarial para avaliar a reação extemporânea das entidades e deputados, em que uns se dizem da segurança pública.
A debandada dos deputados da base do governo na votação, foi exatamente para dizer que está aumentando a migalha que ofereceu, e avaliar a dimensão do desgaste político.
Em luta política e de representação de classe vale a disposição e o princípio da oportunidade, que ficou para trás no veto do governo Romeu Zema à proposta de 41% de sua autoria.
Como resultado final da luta tardia, nos dará as migalhas.
Do episódio fica a valiosa lição de que o dever de representação e defesa da segurança pública exige dedicação, sacrifício e responsabilidade com as pautas do respeito a dignidade profissional, melhoria das condições de trabalho, e da justa e legítima recomposição salarial.
José Luiz Barbosa
Advogado criminalista
Pós graduado em ciências penais
1 Sgt PM RR - Ex-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares - MG