Em dois meses, a gestão do governador Romeu Zema (Novo) enfrentou queda na aprovação em Belo Horizonte. É o que revela a última rodada da pesquisa DATATEMPO, que analisa o cenário para as eleições municipais na capital. Segundo o levantamento, realizado entre 31 de maio e 3 de junho, o governo estadual é aprovado por 43,6% dos entrevistados, o que representa queda de 6 pontos percentuais na comparação com a rodada anterior (49,6%), divulgada em abril deste ano (TRE MG-02336/2024). Por outro lado, 45,9% da população apta a votar diz que desaprova o trabalho do governador à frente do Executivo. Em abril, segundo a DATATEMPO, esse percentual era de 41,9%. A variação nesse caso está dentro da margem de erro do levantamento, que é de 2,83 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A queda na aprovação da gestão do governador Romeu Zema é ainda maior se comparada a setembro de 2023*, quando a DATATEMPO divulgou a primeira medição da percepção dos eleitores de BH em relação à administração do Executivo estadual. Naquela ocasião, 61,1% disseram aprovar o governo Zema, ou seja, 17,5 pontos percentuais a mais do que nesta rodada. Em relação aos que rejeitam a gestão do governador, o índice subiu de 32,9% para 45,9%.A DATATEMPO também revela que a aprovação do governo estadual é menor entre os eleitores com idades de 25 a 34 anos. Desse público, somente 37,3% elogia a gestão de Zema, enquanto 53,5% a desaprova. A popularidade da administração do Executivo também é pior entre os eleitores que vivem nas regiões de Venda Nova e Centro-Sul: nessas localidades, os índices de aprovação do governo são de 34,8% e 35,6%, respectivamente. Funcionalismo
A piora na avaliação do governo coincide com o período de maior tensão entre o Executivo e os servidores, por causa da negociação do reajuste salarial. É o que observa a cientista social Bruna Assis, analista de pesquisas do instituto DATATEMPO.
No entanto, a especialista ressalta que o embate com o funcionalismo pode ir além do impacto na imagem da gestão estadual. “Essa situação pode afetar o futuro político de Zema, que aspira à Presidência da República, mas também do candidato que ele indicar como seu sucessor em 2026