ELEIÇÕES 2024
Eleição em Belo Horizonte é entrave para aproximação entre Novo e PL
Em Minas, PL e Novo tem caminhado juntos em Contagem, com a sigla de Romeu Zema (Novo) apoiando a pré-candidatura de Cabo Junio Amaral (PL) à prefeitura da cidade. Outras alianças estão sendo costuradas também em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, e em Pirapora, no Norte de Minas
Enquanto o partido Novo e o PL reforçam laços em Minas Gerais visando as eleições de 2026, em Belo Horizonte, as pré-candidaturas de Bruno Engler (PL) e da secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luisa Barreto (Novo) à prefeitura, continuam sendo um entrave para uma maior aproximação entre as siglas.
A última tentativa de união entre as legendas ocorreu na última semana com a indicação da deputada estadual Alê Portela (PL) para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), em substituição à antiga chefe da pasta, Elizabeth Jucá (Novo), que deve se lançar como pré-candidata à Prefeitura de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Segundo apurou o Aparte, a indicação da deputada faz parte do movimento amplo de ligação entre os dois partidos. “É um namoro à distância que queremos que seja mais próximo, uma união mais estável”, declarou uma fonte sob condição de anonimato.
Em Minas, PL e Novo tem caminhado juntos em Contagem, com a sigla de Romeu Zema (Novo) apoiando a pré-candidatura de Cabo Junio Amaral (PL) à prefeitura da cidade. Outras alianças estão sendo costuradas também em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, e em Pirapora, no Norte de Minas.
De acordo com Christopher Laguna, presidente do Novo em Minas Gerais, os dois partidos devem estar juntos em ao menos dez municípios nas eleições deste ano. “Entendemos, inclusive, a nível nacional, que a direita tem que andar junta. A direita passa pelo PL, pelo Novo e pelo Republicanos. Temos uma aproximação enorme com o PL, fizemos aproximações em várias regiões e pensamos em apoios mútuos para cada cidade. Essa discussão é sobre cada vez afunilar mais as candidaturas de direita”, afirma Laguna.
Uma fonte da alta cúpula do PL diz, no entanto, que a aproximação é parte de uma afinidade nacional entre as legendas. “Temos conversado não apenas sobre questões aqui de Minas. O PL e o Novo tem uma afinidade nacional, são os únicos dois partidos de oposição ao PT e ao governo petista. Diria que está em jogo o futuro do país”, afirma um dirigente do PL, que acredita em novas alianças
com o novo “a curto e médio e longo prazo”. “Temos dialogado com Zema e com vice-governador (Mateus Simões) e com o próprio presidente do Novo”, pontuou.
Em Belo Horizonte, contudo, a história é diferente. As pré-candidaturas de Bruno Engler e Luisa Barreto têm impedido que as conversas sejam tão próximas quanto no restante do Estado, apesar dos vários acenos feitos pelo candidato do PL à legenda. O presidente municipal do Novo, Frederico Papatella, diz que não existe aproximação na capital mineira e que “nunca ninguém do PL veio falar” sobre o assunto. “Em Belo Horizonte o cenário é diferente. Apesar de em nível estadual estarmos em uma conversa, entendemos que a Luisa é o melhor quadro, e o PL entende que é o Engler. Nunca aconteceu essa aproximação”, afirma