Servidores lotaram as galerias da ALMG para pressionar deputados durante votação do reajuste na semana passada - (crédito: Guilherme Dardanhan/ALMG)
Menos de uma semana após a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovar o Projeto de Lei 2.309/2024, que concedia reajuste salarial de 3,62% ao funcionalismo, o governador Romeu Zema (Novo) elevou a proposta em um ponto percentual, o que daria um aumento geral de 4,62% por mês aos servidores, retroativo a janeiro, independentemente da faixa salarial de cada cargo
A revisão salarial também abrange os contratos temporários vigentes, cargos de provimento em comissão, funções gratificadas e gratificações de função. A proposta ainda prevê que a recomposição salarial seja retroativa a janeiro de 2024.
Vale lembrar que o Governo de Minas fechou o ano de 2023 com a despesa de pessoal acima do limite previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com os números apresentados em janeiro deste ano, 51,4% da receita corrente líquida do ano passado foi destinada ao pagamento do funcionalismo público. O limite, conforme a legislação, é de 49%. Segundo a lei, só é possível a concessão de revisão geral da remuneração com aplicação do mesmo percentual e mesma data de vigência para todas as categorias.
Proposta fiel à inflação
O reajuste de 3,62% oferecido antes era abaixo da inflação acumulada no ano passado, quando o IPCA fechou em 4,62%. Portanto, a emenda enviada à ALMG atende exatamente a alta geral média dos preços de 2023.
Em nota divulgada nesta terça-feira, o governo informou que “a nova proposta foi construída a partir do diálogo com os parlamentares mineiros e para atender às demandas dos servidores dentro das limitações orçamentárias e
fiscais do Executivo mineiro”.
"Sabemos que o Estado não existe sem o funcionalismo público. E é por sabermos da importância do trabalho de cada um de nossos servidores que fizemos tudo que estava ao nosso alcance para melhorar nossa proposta de recomposição", afirmou o governador Romeu Zema