Em meio às negociações com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma alternativa à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para renegociar a dívida de cerca de R$ 162 bilhões de Minas Gerais com a União, o secretário Gustavo Barbosa deixará a Secretaria de Fazenda de Minas Gerais. Por decisão própria, Barbosa informou a saída nesta quarta-feira (21/2) em reunião do secretariado do governo Romeu Zema (Novo). O secretário adjunto Luiz Claudio Gomes assumirá a Secretaria de Fazenda por ora.
A informação foi dada pelo site O Fator e confirmada por O TEMPO. De acordo com interlocutores da Secretaria de Fazenda, Barbosa já teria comunicado a saída “há meses” a Zema e ao vice-governador Mateus Simões (Novo). Desde então, o governador, Simões e o secretário estariam analisando qual seria o momento adequado para a exoneração, que deve acontecer formalmente após a nomeação do restante dos auditores fiscais aprovados no concurso da Receita Estadual, prevista para a próxima segunda (26/2).
A assessoria especial tiraria Barbosa do centro das discussões por uma renegociação da dívida de Minas com a União. Responsável por elaborar o Plano de Recuperação Fiscal apresentado à STN para pleitear a adesão do Estado ao RRF, o secretário acumulou um desgaste político nos últimos cinco anos junto à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde foi convidado para uma série de audiências públicas em comissões para prestar esclarecimentos.
Questionado, o governo Zema não se manifestou sobre a saída e quem será o substituto de Barbosa na Secretaria de Fazenda até a publicação desta reportagem. O secretário também não atendeu aos contatos. Tão logo o governo ou Barbosa se manifestem, o posicionamento será acrescentado na matéria.
Barbosa é réu por suposta improbidade no Rio de Janeiro
Desde dezembro de 2023, o secretário está com bens imóveis, contas bancárias, investimentos e valores mobiliários bloqueados por decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro em uma ação em que é réu por suposta improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público do Rio, Barbosa, quando diretor-presidente do Rioprevidência, teria sido responsável, ao lado de