A comenda vai celebrar o “aniversário de criação do Gabinete Militar enquanto órgão da administração pública direta do Executivo”, que, neste ano, completou 60 anos, já que foi instituído em outubro de 1963. O órgão é responsável por planejar, coordenar e executar o transporte e a segurança do governador e do vice.
Entretanto, os critérios para a concessão e para a realização da cerimônia solene de entrega da Medalha do Mérito Gabinete Militar do Governador ainda não foram determinados. “As normas complementares necessárias à execução deste decreto e a periodicidade de entrega da medalha serão estabelecidas em ato próprio do chefe do Gabinete Militar”, observa o despacho.Ainda segundo o Decreto 48.732/2023, as despesas para a confecção da medalha “correrão à conta das dotações orçamentárias do Gabinete Militar”. Questionado sobre qual a estimativa de gastos com a confecção e a organização da solenidade, o governo Zema respondeu que “não houve quaisquer gastos com a aquisição das medalhas e que não há previsão para compra de medalhas no momento”.
Apenas em 2023, o Estado deu aval a gastos de R$ 304 mil com uma única empresa para a confecção de itens entre medalhas, botons, barretas, estojos, porta-diplomas e impressos personalizados. Os valores dizem respeito a medalhas como, por exemplo, a da Inconfidência, Presidente Juscelino Kubitschek e Santos Dumont.
Durante a campanha à reeleição no ano passado, Zema criticou, reiteradas vezes, o que chamou de “mordomias, privilégios e desperdícios nos governos do passado”, em referência ao ex-governador Fernando Pimentel (2015-2018). “Eu dispensei o Palácio das Mangabeiras. Lá, por incrível que pareça, tinha 32 empregadas domésticas para poder atender o governador, fora a segurança”, chegou a dizer.