Presos da Grande BH sobreviveram à onda de calor sem acesso à água, diz denúncia
Ao menos sete presídios apresentaram reclamações de desabastecimento; quando há água, até 35 presos dividem uma garrada pet
A onda de calor por trás das grades de uma cela somou mais um problema além das altas temperaturas e da superlotação: a falta de acesso à água. Denúncias de familiares de pessoas privadas de liberdade, recebidas pelo diretor de Inclusão da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), William Santos, datam que ao menos sete presídios da região metropolitana de Belo Horizonte ficaram sem abastecimento de água durante o calorão. Até o momento, a situação não foi solucionada.foco de doença. Não dar descarga, não ter higienização em um lugar superlotado, sob altas temperaturas, é insalubre. Um problema também para aqueles que trabalham nos presídios e para as famílias que vão visitar e não têm água”, continua. Quando há água, até 35 presos dividem uma garrada pet
As denúncias chegaram ao diretor de Inclusão da OAB-MG, William Santos. Ele afirma que as reclamações por racionamento de água dentro dos presídios só tem aumentado. Segundo Santos, quando há oferta de água nas celas, os presos são obrigados a sobreviver com alguns mls. “Algumas unidades têm uma gestão de água mínima. É 1,5 L, em garrafa pet, para 30, 35 presos. Os presos colocam a garrafa do lado de fora da cela, próxima à grade, para que ela não esquente tanto quanto dentro da cela”, denuncia. afirma. De acordo com Santos, não foi notificada morte de pessoas privadas de liberdade na Grande BH devido ao calor.
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Copasa e aguarda retorno.