Após mais de 24h de tensão na casa de uma delegada da Polícia Civil que teria se trancado no imóvel e atirado em colegas de profissão, na última terça-feira (22 de novembro), o porta-voz da instituição policial, delegado Saulo Castro, deu entrevista no local e detalhou o início da negociação.
O policial detalhou que a delegada Monah Zein retornaria na terça ao trabalho após um período de afastamento, primeiramente por "questões médicas" e, em seguida, por férias. "Ela enviou em um grupo dos colegas de trabalho uma mensagem que sugeria algo que pudesse levar uma situação contra a própria saúde dela. Nesse sentido, os próprios colegas do local de trabalho vieram para cá acompanhados dos profissionais do nosso Centro Biopsicossocial, no intuito de acolher a colega e preservá-la", argumentou.
Ainda conforme Castro, entretanto, a conversa inicial não teria se "desdobrado" como a polícia imaginava. "A colega estava um pouco mais exaltada e, diante desse cenário de crise, a partir dos protocolos a Polícia Civil julgou necessário chamar a Core, para iniciar essa negociação, para que a gente chegue no desfecho o mais breve possível", completou.
Durante a coletiva, o delegado Saulo Castro confirmou ainda que Monah efetuou disparos contra os colegas do grupo tático especializado, mas não tratou sobre a afirmação da própria policial de que os disparos teriam ocorrido após um dos agentes atirar com um taser (arma de choque) contra ela. "Houve disparos por parte da colega, mas não nessa dinâmica. Isso tudo vai ser repassado em momento oportuno, tão logo essa situação de crise chegue ao final", argumentou o porta-voz.