sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Governo federal não é banco para viver às custas de juros cobrados dos estados', diz vice de Zema

 

'Governo federal não é banco para viver às custas de juros cobrados dos estados', diz vice de Zema

Mateus Simões defende conversa com o governo federal para repactuar dívida de Minas com a União, que gira em torno dos R$ 160 bilhões

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'Governo federal não é banco para viver às custas de juros cobrados dos estados', diz vice de Zema
Mateus Simões fez análise da composição da dívida pública de Minas

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), disse estar “esperançoso” com a possibilidade de o Ministério da Fazenda refazer o cálculo de cobrança da dívida pública de Minas Gerais. Nesta sexta-feira (10), durante evento turístico em Gramado (RS), Simões afirmou que os débitos dos estados estão crescendo mais do que as economias locais em virtude dos juros que incidem sobre os passivos. Minas, por exemplo, tem dívida de cerca de R$ 160 bilhões junto à União.

"Estamos esperançosos de que haja sensibilidade por parte do governo federal. Afinal de contas, o governo federal não é banco para ficar vivendo às custas de juros cobrados dos estados. A gente pagar a correção monetária tudo bem, mas essa é uma dívida histórica. Nenhum desses atuais governadores fez alguma parte dessa dívida, que é toda anterior. Não podemos ficar sem condição de fazer investimentos simplesmente por estarmos pagando esse volume de juros", afirmou.

Na quarta-feira (8), Simões se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para tratar da dívida pública estadual. O pleito também foi levado por governadores das outras unidades federativas que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud)

"Hoje, pagamos juros de dívida de Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais 4% ao ano. Isso faz com que as dívidas estejam crescendo, todos os anos, mais do que a economia dos estados. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que são os quatro estados mais endividados, sozinhos, representam 65% de toda a dívida pública brasileira, não são capazes de continuar pagando a dívida com essa taxa de juros", continuou o vice-governador.