A Guarda Municipal de Belo Horizonte opera sob normas que, embora concebidas com boas intenções, 


Quando falamos em segurança pública, há uma divisão clara de responsabilidades no Brasil. Constitucionalmente, é tarefa dos governos estaduais manter polícias civis e militares. Entretanto, como precisamos de mais segurança, e não de menos, não podemos negar a necessidade e a presença dos municípios nessa discussão, sobretudo por meio das guardas municipais. Belo Horizonte é guardada por 2.155 bravos homens e mulheres que compõem a nossa Guarda Municipal. Cada um desses agentes trabalha diariamente para garantir a segurança e a paz em nossos espaços públicos, sobretudo preservando algo pelo qual tenho muito apreço: o patrimônio da cidade. 

A Guarda Municipal de Belo Horizonte opera sob normas que, embora concebidas com boas intenções, atualmente acabam prejudicando seus membros. Dos 2.155 guardas municipais, 1.966 estão com suas férias-prêmio em atraso. Isso, embora seja um esforço para garantir que não haja prejuízo na segurança, acaba por negar a esses profissionais um direito fundamental: o descanso. Essa situação resulta em um acumulado de férias-prêmio não usufruídas que, em alguns casos, pode chegar a nove meses, dependendo do ano de admissão do agente. É um acúmulo de cansaço e estresse que não beneficia nem o guarda, nem a população que ele serve. Isso prejudica a nossa segurança, senhor prefeito Fuad Noman. 

Para suprir eventual falta de agentes, a solução não é impedir que tirem férias, mas cumprir a promessa, que já foi feita em governos passados, de convocar novos aprovados em concurso. A promessa já foi até a de dobrar o efetivo da guarda, por parte do ex-prefeito Alexandre Kalil, mas nunca foi cumprida. 



atualmente acabam prejudicando seus membros. Dos 2.155 guardas municipais, 1.966 estão com suas férias-prêmio em atraso. Isso, embora seja um esforço para garantir que não haja prejuízo na segurança, acaba por negar a esses profissionais um direito fundamental: o descanso. Essa situação resulta em um acumulado de férias-prêmio não usufruídas que, em alguns casos, pode chegar a nove meses, dependendo do ano de admissão do agente. É um acúmulo de cansaço e estresse que não beneficia nem o guarda, nem a população que ele serve. Isso prejudica a nossa segurança, senhor prefeito Fuad Noman. 

Para suprir eventual falta de agentes, a solução não é impedir que tirem férias, mas cumprir a promessa, que já foi feita em governos passados, de convocar novos aprovados em concurso. A promessa já foi até a de dobrar o efetivo da guarda, por parte do ex-prefeito Alexandre Kalil, mas nunca foi cumprida. 

No Poder Legislativo de Belo Horizonte, existem vozes diversificadas, cada uma com seu valor. Contudo, quando o tema é segurança pública, uma voz em particular merece destaque: a do vereador Cleiton Xavier, que, além de parlamentar, é um dos valorosos membros da Polícia Civil de Minas Gerais, da qual o meu pai, Gilson Marques de Azevedo, já fez parte. “E pluribus unum”! 

Desde o seu ingresso na Câmara Municipal, o vereador Cleiton Xavier demonstrou profundo comprometimento e respeito com os guardas municipais. Ao abrir o Parlamento para receber os guardas, foi revelada uma discrepância preocupante: guardas com anos de serviço recebendo menos do que novos integrantes da corporação. Isso não é apenas injusto, mas desmotivador. 

Cleiton Xavier não é apenas um vereador que defende causas relacionadas à segurança. Ele é, sobretudo, um policial civil que compreende o sistema de segurança e sabe, na prática, o que é necessário para melhorar as condições de trabalho dos profissionais. 

Lamento profundamente que, ao invés de colaboração e apoio, o vereador Cleiton Xavier tenha enfrentado retaliações políticas por parte do Poder Executivo, que não o escuta e não o recebe, prejudicando, assim, o município. Afinal, suas propostas são, acima de tudo, pelo bem da cidade e de seus habitantes. 

É preciso reconhecer que o brilhante secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino, meu amigo, tem demonstrado sua abertura e disposição para conversar.

Infelizmente, um obstáculo tem se erguido no caminho desse diálogo: a resistência do prefeito Fuad Noman. Ele também não é amigo do vereador Cleiton Xavier, presumo… 

Ao barrar um diálogo que pode resultar em benefícios para Belo Horizonte, a prefeitura não apenas menospreza o trabalho do vereador, mas também subestima a capacidade de toda a equipe da secretaria e da Guarda Municipal em discernir e colaborar. Os profissionais que zelam pela nossa segurança merecem ser ouvidos, respeitados e ter seus direitos garantidos. Diria o embaixador Sérgio Vieira de Melo: “Um ser humano tem o direito de viver com dignidade, igualdade e segurança”. 

GABRIEL AZEVEDO é presidente da Câmara Municipal de BH ver.gabriel@cmbh.mg.gov.br

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