segunda-feira, 6 de novembro de 2023

 


Após pedir o fim da Polícia Militar e provocar reação, o desembargador Adriano Roberto Camargo diz agora que a PM deve ser "admirada"


desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, que pediu o fim da Polícia Militar, parece ter voltado atrás em sua opinião. Após a reação de autoridades, como a do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o magistrado divulgou uma nota na qual afirma que a PM deve ser “admirada” e continuar com “valoroso trabalho.
A Polícia Militar merece a consideração e a admiração de todos, e deve continuar com seu valoroso trabalho. Como toda organização civil ou militar, necessita de permanente estímulo e aprimoramento para melhor servir aos cidadãos.O Tribunal de Justiça de Goiás suspendeu temporariamente do cargo o desembargador que defendeu o fim da Polícia Militar durante um voto. A decisão foi tomada hoje pelo Órgão Especial do TJ-GO.

O que aconteceu
O afastamento ocorre até que se decida se o desembargador será alvo de processo administrativo disciplinar, quando o colegiado examinará novamente a questão.Para o órgão, Adriano Roberto Linhares Camargo emitiu opinião pessoal durante voto oral em sessão de julgamento no dia 1º de novembro. Por esse motivo, sua conduta será avaliada.

O desembargador continua recebendo salário e benefícios. Se houver abertura de processo administrativo, Camargo terá 10 dias para apresentar sua defesa.

Governador e PM de Goiás criticaram declaração
Os desembargadores analisavam um caso envolvendo policiais durante uma abordagem. Antes de defender o fim da corporação, o desembargador citou "recorrentes abusos" da polícia longe de bairros nobres.

Camargo disse também que os agentes — no caso analisado — não tinham autorização para entrar na casa das pessoas abordadas.

Aqui vai uma reflexão pessoal: para mim tem que acabar com a Polícia Militar e instituir uma forma diferente de atuação na área da investigação e repressão ao crime"Adriano Roberto Linhares Camargo, desembargador

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), definiu Camargo como alguém que "se intitula desembargador" e criticou a declaração feita durante o julgamento