As advogadas de defesa do PM Rafael Gama, de Amparo do Serra, Dra. Élida Franklin e Dra. Daniela Ibrahim, investigado no crime de homicídio contra Claudinho do América, sustentam a tese de legítima defesa, com base em imagens dos fatos que mostrariam que, após ter dado início à luta corporal, Claudinho teria se apoderado da arma do PM e efetuado o primeiro disparo. Na sequência, conseguindo recuperar a arma e não sendo acatado em sua voz de prisão, Rafael Gama teria sido mais uma vez surpreendido por Claudinho, que voltou a agredí-lo e a derrubá-lo no chão, na tentativa de tomar a arma mais uma vez, momento em que Rafael teria disparado, agindo em legítima defesa.
Segue a fala da Dra. Élida Franklin:
“Estivemos reunidos presencialmente com o nosso cliente, Soldado Rafael Gama, que está injustamente recluso no Batalhão da Polícia Militar de Manhuaçu.
A entrevista pessoal reforçou as teses iniciais de defesa, evidenciando elementos e detalhes de muita importância para o deslinde das investigações.
Corroboramos as informações preliminares de que não existia histórico de atrito entre os envolvidos nos tristes acontecimentos que abalaram Amparo do Serra e região e, principalmente, que o Sr. Rafael Gama estava praticamente na porta de sua casa, quando foi abordado e agredido pelo Sr. Antônio Cláudio, não tendo outra alternativa, a não ser de disparar sua arma de fogo, para salvar a sua própria vida – isso depois de alguns minutos de embate corporal, de quase ter sido alvejado pelo adversário e de ter seus comandos desacatados pelo mesmo.
Infelizmente, hoje lamentamos a morte de uma pessoa querida na cidade; mas poderíamos, em vez disso, caso Rafael não tivesse conseguido recuperar a posse de sua arma, estar chorando a morte de um agente público, pai de família, bom filho e cidadão de bem, que tentou a todo custo afastar as agressões que estava sofrendo sem causar maiores danos, o que não foi possível em decorrência das insistentes investidas contra a sua própria vida.
Vamos buscar sua Liberdade de imediato e discutiremos, no processo, sua absolvição ou crime de homicídio privilegiado, simples, conforme as informações e as provas que serão apresentadas a partir das investigações.
Tivemos acesso a vídeos encaminhados por populares, que registraram o momento dos fatos, que comprovam que Claudinho deu início às agressões verbais e físicas, bem como vídeos com tratamento da imagem para clarear a cena que mostram o Claudinho sacando a arma do policial e diaparando contra ele.
Estamos cada vez mais próximos de comprovar que Rafael agiu em legítima defesa de sua própria vida.”
A Defesa está manejando os pedidos de liberdade, com base nos vídeos e informações coletadas, em diversas vias,cabendo agora aguardar a manifestação do Ministério Público e a decisão do Poder Judiciário.
“Estamos confiantes de que a injustiça da prisão de Rafael será brevemente reparada e ele terá o direito de responder ao processo em liberdade” - concluiu a Advogada.
