O governador Romeu Zema (Novo) reuniu servidores do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER-MG) para fazer um mea culpa e disse que gostaria de ter feito mais pelo funcionalismo do Estado. 

“Eu gostaria, tanto por vocês quanto por todo o funcionalismo, de ter feito muito mais! Eu gostaria muito! Mas adianta eu prometer que vou fazer e depois não pagar? E a nossa situação financeira, hoje mesmo tive reunião com o secretário de fazenda, é muito grave”, disse.

A fala de Zema foi na tarde de quarta-feira (25), na sede do DER-MG, no mesmo momento em que servidores de diversas categorias organizavam manifestação na Assembleia Legislativa contra a proposta do governo para o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que entre outras coisas prevê apenas dois reajustes gerais nos dez anos de vigência do programa, um em 2024 e outro em 2028, com o objetivo de recompor perdas inflacionárias.

Caso do DER-MG

A situação dos servidores do DER-MG tem chamado atenção nos debates políticos da Assembleia Legislativa. Em setembro, durante audiência pública, o diretor-geral do órgão, Rodrigo Tavares, informou que o próprio vice-governador admitiu que a categoria tem a pior carreira do Estado.

Segundo relatos dos servidores do órgão na audiência, existem algumas funções com salário básico inferior ao salário mínimo. Durante a audiência na Assembleia, servidores demonstraram também preocupação com o sucateamento da instituição, que chegou a ter 18 mil funcionários e hoje conta com cerca de 1,1 mil.

O DER-MG é o órgão responsável pelas obras em infraestrutura das estradas mineiras. O governador reconheceu que a área acabou sendo bastante afetada pelas dificuldades de caixa enfrentadas pelo governo.

“Nós estamos falando aqui falando de investimentos e quando um Estado passa por dificuldades, como Minas passou, e de certa maneira ainda passa, o lugar mais afetado é aquele que faz os investimentos, que faz manutenção”, afirmou Zema