Voltaremos a era da pobreza salarial, do aviltamento da profissão, dos desmandos, abusos, bicos em atividades extras, desestruturação familiar, adoecimentos, absenteismo, e autoexterminio.
Na década de 90, vimos e testemunhamos muitas vidas serem destruídas, muitos valorosos companheiros doentes, abandonando a carreira, se autoexterminando, e muitas famílias desestruturadas.
É bom lembrar: que um dos motivos e, principal causa do movimento de 1997 foi a política de desvalorização e achatamento salarial, e serve de lição para políticos, autoridades e principalmente ao governador a máxima de que "a insensibilidade dos fortes, causa a revolta dos fracos.
É o que o governador Romeu Zema quer fazer com a segurança pública. O endividamento do estado não pode ser pago a custa da dignidade e subsistência dos profissionais de segurança.
Ao cruzar os braços, se entregar ao conformismo, e acreditar que teremos um salvador da pátria, estejamos preparados para uma volta ao tempo em que ser policial não passava de uma mal necessário, e que por isto não mereciam respeito, e muito menos valorização, e a remuneração era uma migalha.
Acontece que parece que muitos esqueceram, outros não se importam, e uns acreditam que as mudanças e as perdas inflacionárias acumuladas não existem.
José Luiz Barbosa
Advogado Criminalista
Pós graduado em ciências penais
Sgt PM-RR - Ex-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares