O governador Romeu Zema passou pelos quatro anos de seu primeiro mandato repetindo o discurso monocórdio de que encontrou um Estado falido. Verdade verdadeira. Ao final de seu mandato, o ex-governador Fernando Pimentel havia impetrado no STF pedido de suspensão do pagamento da dívida do Estado com a União, que foi deferida por liminar, por meio do ministro Luiz Roberto Barroso, já no governo Zema. Inegável que o Estado estivesse numa situação falimentar, com o funcionalismo recebendo de forma parcelada dentro de um mês os seus vencimentos. Que havia fornecedores em atraso, descrédito no Estado como contratante. Mas à custa de que Minas encontrou melhores caminhos nas relações com o funcionalismo? À custa de um progressivo endividamento, que poderá chegar, conforme dito pelo atual secretário de Estado de Fazenda, a R$ 210 bilhões ao final do Regime de Recuperação Fiscal