A família da escrivã Rafaela Drumond, de 32 anos, avalia a possibilidade de ir à Justiça pedir indenização do governo de Minas. A servidora pública tirou a própria vida no dia 9 de junho, em Sá Forte, distrito de Antônio Carlos, na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais.Ao nosso ver, a Rafaela entrou para a Polícia Civil dentro de um teste rigoroso e com plena capacidade mental. No final, infelizmente, sabemos o que aconteceu. Uma servidora armada e com abalo psicológico gritante não recebeu apoio da chefia que, ao que parece, sabia das condições, mas nada fez”, afirma o advogado Hugo Viol Faria, que atua na defesa da família da escrivã.
A decisão de solicitar a indenização junto à administração estadual ainda não foi definida. Isso acontecerá somente após o resultado da investigação realizada pela instituição.
“Vamos aguardar o fim destes trabalhos, mas já estamos avaliando a possibilidade. É uma hipótese. A vida humana não tem valor. Precisamos tratar o caso da Rafaela para que seja exemplar dentro das instituições e mulheres não continuem sendo vitimadas. O primeiro passo tem que partir do Estado. A indenização neste caso não tem valor, mas objetivo”, ressaltou.