quinta-feira, 24 de agosto de 2023


DENÚNCIA DE TORTURAS

Governo de Minas publica afastamento de diretor do Departamento Penitenciário

Secretário Rogério Greco negou que caso tenha a ver com supostas denúncias de tortura; ainda não há novo nome cotado para o cargo

Por Isabela Abalen Publicado em 23 de agosto de 2023 | 11h53 - Atualizado em 23 de agosto de 2023 | 13h48
Rodrigo Machado, ex-diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais - Foto: Reprodução / Redes Sociais / @rodrigoandradedg

O afastamento do diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) Rodrigo Machado foi publicado no Jornal Minas Gerais, do Governo de Minas, desta quarta-feira (23 de agosto). Como adiantado por O TEMPO, Machado saiu de férias-prêmio por seis meses, iniciadas nessa terça-feira (22 de agosto). De acordo com o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, ainda não há um nome cotado para assumir o cargo. 
Durante evento da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp) nesta quarta (23), o secretário Rogério Greco negou que o motivo da saída de Rodrigo Machado da direção do Depen tenha sido por denúncias de torturas e outros tipos de maus-tratos contra presos. “É um processo normal da corporação. Após cinco anos de uma excelente atuação”, afirmou. O secretário garantiu, ainda, que todas as denúncias são apuradas. 


Segundo apurado por O TEMPO, nos bastidores, a informação é a de que a forma de trabalhar “linha-dura”, com acusações de maus-tratos a presos, teria motivado o cenário. O Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (SINDPPEN-MG) também apontou abandono na segurança penal do Estado quando sob gestão do ex-diretor. Por outro lado, há policiais penais que lamentam a mudança e temem a nomeação de um diretor técnico e não de carreira, e um possível colapso nos presídios de Minas.  


Rodrigo Machado foi um dos investigados pela Operação Catira, feita pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ocorrida em 2021. Informações da Polícia Federal, na época, datam que foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar de afastamento de função pública em desfavor de sete investigados, dentre eles cinco servidores do Depen. Os servidores públicos investigados ocupavam cargos de direção. A investigação apurava supostos crimes de peculato e corrupção passiva/ativa por parte de servidores públicos, detentos, seus familiares e outros


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