Advogados contratados pelos servidores da Polícia Civil que reclamam de estarem sendo perseguidos pela instituição, como vítimas de assédio moral e sexual na maioria dos casos, vão ingressar em juízo para que os inquéritos da Corregedoria da PC em andamento contra seus clientes sejam trancados ou, então, que seja facultado acesso aos mesmos. Não há um tratamento uniforme para os denunciados, sendo que alguns continuam trabalhando nos mesmos locais onde supostamente praticaram suas faltas. No caso dos denunciantes, muitos são removidos até para outras cidades ou, ainda, aposentados por invalidez, com prejuízo de seus vencimentos e de suas carreiras na Polícia Civil. Na semana passada, uma advogada teve que recorrer à Justiça para acompanhar a perícia de sua cliente, e, por várias vezes, teve que enquadrar os médicos, que quiseram confundir a cliente periciada, misturando as questões que deveriam estar sendo perguntadas e forçando-a a fazer juízo de valores, estranhos ao objeto da perícia.