sexta-feira, 18 de agosto de 2023

 A RECOMPOSIÇÃO É UM DIREITO, MENOS QUE ISTO É AVILTAR A HONRA E A DIGNIDADE PROFISSIONAL!


A necessidade impõe a luta, defender o direito é uma responsabilidade, a luta se faz aguerrida e inadiável, damos lhe vigor; com a coragem e a energia da vontade, somente assim seremos ouvidos e respeitados. 

Se resistirmos com a determinação de que o presente, não garante o futuro, e muito menos o passado, a unidade e coro da insatisfação chegará aos ouvidos, dos que tem ouvidos para ouvir. 


Não será nenhum  discurso político vazio, repetitivo, e alienante, e a convocação de entidades e sindicatos que nos levará a pauta insubstituível da justa, e legitima recomposição salarial, a decisão individual repercutirá na decisão coletiva de todos que sintam que direito é tudo aquilo que ninguém pode lhes tirar, e a luta, a participação, o engajamento  são armas para protegê-lo, defendê-lo e garanti-lo, como fazemos no exercício da atividade pública, essencial, de proteção, defesa, e aplicação do direito e das leis.


Nos parece a princípio contraditório e paradoxal, os que são pagos para garantir direitos, dar segurança, e proteção aos cidadãos, e ao mesmo tempo empreender lutas para fazer cumprir, garantir, a aplicação de direitos, como a recomposição salarial, prevista constitucionalmente, com índices das perdas inflacionárias aferidos e reconhecidos publicamente pelo governo Romeu Zema.


Não pedimos favores do governo, não queremos privilégios, não exigimos nada que não seja e esteja no acordo firmado e assinado com os profissionais de segurança pública de Minas Gerais. 


Pedir que ajoelhemos, e nos curvemos ao desrespeito, ao menosprezo, e a afronta é sepultar a história que fez dos profissionais de segurança pública de Minas Gerais referência nacional, e exemplo para corporações do Brasil, inclusive nas lutas e movimentos reivindicatórios de valorização e melhorias das condições de trabalho.


A história não termina com o término de um governo, mas há na história governos que terminam por não respeitarem a honra e a palavra empenhada, bem como o compromisso de fazer de Minas Gerais um estado seguro para viver, na esteira da valorização e do reconhecimento profissional que se fundamenta no respeito irrevogável ao direito e à dignidade profissional.


"Também aqueles ruídos formidáveis de motim e da revolução eram a voz do direito!" Janeiro, 1881. LEOPOLDO ALAS.


José Luiz Barbosa

Advogado Criminalista – OAB 170.804/MG

Ex-presidente da Associação dos praças policiais e bombeiros militares - ASPRA/PMBM – 1 Sgt PM RR