domingo, 9 de julho de 2023

 

Servidora denuncia chefe da Polícia Civil por assédio e diz que pediu proteção

Investigadora afirmou que foi vítima de abuso moral por parte da chefe da Polícia Civil; Letícia Gamboge negou que tenha cometido o crime

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Sex, 07/07/23 - 17h20



Jaqueline denunciou suposto assédio moral cometido pela chefe da Polícia Civil de Minas Gerais | Foto: Reprodução de vídeo / ALMG / YouTube

A investigadora da Polícia Civil Jaqueline Evangelista denunciou, durante audiência pública realizada pela comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta sexta-feira (7 de julho), que foi vítima de assédio por parte de dois colegas de profissão. Um deles não teve o nome revelado e a outra é a chefe da Polícia Civil, Letícia Gamboge. A servidora afirmou ainda que solicitou medida protetiva contra os dois por temer retaliações. Presente na reunião, Letícia negou que tenha cometido assédio contra a funcionária. Ela relatou durante o encontro, inclusive, que acolheu a servidora. A assessoria da Polícia Civil negou que exista medida protetiva em desfavor de Letícia. 

“Rafaela não estava errada nas falas dela. Trabalhamos numa instituição machista que não aceita mulheres. Somos recriminadas de todas as formas. Eu continuei trabalhando com quem me assediou. O meu delegado percebeu a minha mudança de comportamento e me pediu para falar o que estava acontecendo, mas eu não conseguia”, relembrou.

A formalização das denúncias aconteceu, segundo Jaqueline, depois que ela recebeu o apoio dos outros colegas de trabalho. “Eu não dava conta de trabalhar com meu assediador. Após falar com o delegado, ele me perguntou se sabia da gravidade da denúncia. Disse que sim, e ele conversou com o assediador, que confessou um dos casos”.

Após denunciar o homem, Jaqueline disse que descobriu outras mulheres vítimas do mesmo servidor. “O histórico dele é de assediar”. O nome do servidor não foi informado, visto que o caso está em segredo de Justiça. “Se Rafaela soubesse o tanto de denúncia que já fiz, talvez ela não teria se suicidado, pois ela não é a única. A impressão é que ela se sentiu sozinha. Eu tenho feito muito, em silêncio, para combater o assédio na Polícia Civil, pois a instituição está do lado do assediador”.

Jaqueline contou que, após denunciar os assédios, Letícia Gamboge passou a ser chefe dela no DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). “Ela me tirou da minha delegacia, onde estava adaptada, acolhida e com todos ao meu lado. Eu estava na Delegacia de Homicídios do Barreiro. Era apaixonada (pelo local) e fui tirada da investigação pela doutora Letícia para trabalhar no administrativo”, disse.

A investigadora contou ter passado por diversas funções. Por não suportar mais a situação, ela pediu ajuda de um superior para ser transferida para o Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No entanto, ela afirma que as perseguições continuaram. “Em um espaço de um ano fui transferida quatro vezes sem o meu consentimento”, detalhou.

https://www.otempo.com.br/cidades/servidora-denuncia-chefe-da-policia-civil-por-assedio-e-diz-que-pediu-protecao-1.2994026

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