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AS PERIPÉCIAS DE UM "PASSARINHO"

POLICIAIS PENAIS PASSAM POR SITUAÇÃO VEXATÓRIA EM UNIDADE PRISIONAL DE MINAS GERAIS.

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Alçando voo alto sobre Minas Gerais, e posteriormente um voo rasante sobre o Vale do Aço, o "Passarinho" me contou que:

No último dia 27/06/2023, alguns Policiais Penais que compõem o Grupo de Escolta do Sistema Prisional Mineiro, em missão de Escolta de Presos por uma das Unidades Prisionais do Vale do Rio Doce foram surpreendidos de forma negativa, constrangedora e acima de tudo vexatória.

Segundo o "Passarinho", ao chegar na dita Unidade Prisional, foram bem recebidos pelos companheiros de fardas, etc., que adentraram à Unidade para o desembarque(entrega) dos presos que ali deveriam ficar, até ai tudo bem... mas para a surpresa de todos que compunham a escolta, o pior estava por vir, senão, vejamos:

Segundo o "Passarinho", ao se despedirem dos colegas de farda, entrarem na viatura e se dirigirem à portaria na tentativa de sair da unidade receberam a ordem de que deveriam aguardar naquele setor; até ai, tudo bem, porém depois de muita demora, e após solicitação de que os liberassem para que pudessem seguir viagem, pasmem os senhores, a viatura e equipe de escolta foram cercados literalmente por uma grupamento especial daquela unidade prisional, dizendo que havia ordens expressas para que passassem por uma revista minuciosa...

Ainda segundo o "Passarinho", estranhado a ação, a equipe de escolta teriam perguntado  o porque daquele procedimento, ao que foram informados que se tratava de uma "Denuncia anônima de possível tentativa de entrada de ilícitos na unidade prisional"!!

Como assim "Passarinho",  "DENUNCIA ANÔNIMA", "possível tentativa" ?!!, mas se assim o fosse não teriam que passar por uma revista no momento que entraram para a Unidade? ou passaram?  Se passaram, foi encontrado algo ilícito com os mesmos?!

Feitas as indagações acima, o "Passarinho" me informou que no momento que adentraram à Unidade, não teriam sido submetidos à busca, e que para maior surpresa ainda da equipe que estava sendo submetida à situação, ao que parece  os outros veículos que deixaram a unidade prisional não teriam passado pelo  mesmo procedimento...

Me contou ainda o "Passarinho" que para maior revolta dos Policiais Penais integrantes da escolta que até aquele momento achavam que o busca por ilícitos seriam nos presos que estavam na viatura e que teriam outro destino, caiu por terra, ao perceberem que estes, os presos não foram submetidos a nenhuma revista, ficando claro que a suspeita era sobre os Policiais Penais, que naquele momento teriam sido tratados como "bandidos", tendo suas condutas ilibadas jogas na sarjeta.

Falou me ainda o "Passarinho" que:  diante de uma simples DENUNCIA ANÔNIMA, Policias Penais de carreira de conduta ilibada até que se provem o contrário, foram cercados por Policias de um Grupo Especial, tiveram a viatura que conduziam toda revirada; foram humilhados diante dos demais servidores que ali estavam presentes, muitos deles até enfurecidos com a conduta ao qual os colegas foram submetidos.

Ainda segundo o "Passarinho", um dos servidores inclusive,  deixou seu  filho internado no hospital para cumprir sua função, e recebeu o tratamento acima informado.

Informou me ainda o "Passarinho" que após revista minuciosa nos Policiais Penais, e na viatura, NADA FOI ENCONTRADO e ai sim liberaram viatura e servidores para prosseguir em viagem.

É meu nobre "Passarinho", complicado; não há de se discutir aqui que o REMP(regimento interno que regulamenta as atividades nas Unidades Prisionais) prevê busca em viatura e servidores, DESDE QUE, "DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA E AUTORIZADA",  mas permitir que Policiais Penais, servidores efetivos do Sistema sirvam de plateia para vários outros servidores e para os presos na viatura, fundamentados apenas em DENUNCIA ANÔNIMA?! e outra coisa esse procedimento atípico foi DEVIDAMENTE AUTORIZADO? se sim, por quem?

Bom do meu humilde ponto de vista alguém terá que ser responsabilizado por isso, e no mínimo que haja um RETRATAÇÃO para todos da equipe que foram humilhados de maneira tão vexatória e sem fundamento real.

[]'s

SABINO DE DEUS.