O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, afirmou, nesta quinta-feira (15), que o governo do Estado tenta buscar espaço no orçamento para conseguir dar a recomposição anual do salário dos servidores, mas por enquanto só conseguiu garantir o reajuste para a educação. Simões voltou a culpar a dedução do ICMS no preço dos combustíveis adotada no ano passado pelo governo de Jair Bolsonaro, pela falta de arrecadação do estado. 

Atualmente o governo enfrenta cobranças, principalmente, da segurança pública e da saúde. No caso da segurança, a situação se complica já que no último dia 7/6 sindicatos e associações que representam a categoria anunciaram operação com escala reduzida dentro daquilo que eles chamam de estrita legalidade. Os servidores cobram reajuste de 35% referentes às perdas inflacionárias acumuladas desde 2011, abatendo 13 % que foram pagos em 2019 e outros 10 % pagos no ano passado.

“Na verdade não é uma questão só da segurança, nós só conseguimos garantir a recomposição inflacionária esse ano até agora aos professores, na recomposição do piso, na regra nacional. Nós estamos buscando espaço orçamentário para isso. No primeiro semestre nós tivemos perdas tributárias muito grandes de arrecadação em virtude de ser o primeiro semestre com os efeitos da mudança da regra de tributação dos combustíveis do ano passado. Agora em primeiro de junho a nova regra nacional de tributação sobre combustíveis começou a valer e nós estamos refazendo todas essas contas”, explicou Simões, que participou, nesta quinta-feira, da 18ª Conferência da Advocacia Mineira.  

Em relação às perdas com a arrecadação do ICMS, o governador Romeu Zema (NOVO) chegou a dizer à imprensa que o governo deixou de arrecadar cerca de R$ 9 bilhões. 


https://www.otempo.com.br/politica/governo-de-minas-busca-espaco-orcamentario-para-reajustar-salarios-diz-simoes-1.2888933