Mais uma vez, o governo não responde objetivamente aos questionamentos feitos sobre a recomposição das perdas inflacionárias dos servidores da segurança pública. Durante audiência realizada hoje (05/06), pela Comissão de Segurança, cobrei diretamente da Secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, um posicionamento concreto sobre os 35,44% devidos à classe, acumulados entre os anos de 2015 a 2022. Afinal, essa foi a demanda entregue ao governo e discutida nas três reuniões anteriores, que tivemos com o Vice-governador e Secretários. Em resposta, ela afirmou que, nos estudos feitos, ainda não encontraram espaço para a recomposição dos servidores, alegando insuficiência de capacidade financeira.
Diante desse argumento, citei a correção em 298% dos salários do Governador, vice e seus secretários, índice 150% acima da inflação do período de 2007 a 2022, questionando a ela se seria recomposição de inflação ou reajuste, com aumento real. Alegando o princípio da equivalência entre poderes, ela admitiu ter sido um aumento, o que joga por terra o argumento de não ter dinheiro para a recomposição dos servidores que, vale ressaltar, é um direito previsto na Constituição Federal, portanto, amparado em lei!
Falando em lei, argumento muito usado pelo governo, fiz coro às associações e sindicatos presentes à reunião, que sugeriram que de agora em diante os servidores da segurança apenas cumpram a estrita legalidade, não fazendo nada além disso. Afinal, a legalidade não deve valer apenas para o governo justificar sua omissão e desprezo com aqueles que fazem de Minas o estado mais seguro para se viver, como nosso governador gosta sempre de fazer propaganda! Hoje, Zema deixou claro que a obediência à lei só vale para servidores da segurança, principalmente em se tratando de aumento real!
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