segunda-feira, 5 de junho de 2023

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Assembleia discute reajuste dos servidores da segurança nesta segunda

Categoria pede aumento salarial de 35,54% para recompor perdas inflacionárias dos últimos anos

Siga O TEMPO no Google News
Dom, 04/06/23 - 21h00
Assembleia discute reajuste dos servidores da segurança nesta segunda
Audiência pretende discutir reajuste para polícias Militar, Civil e Penal, agentes socioeducativos e Corpo de Bombeiros | Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promove, a partir das 10h desta segunda-feira (4/6), uma reunião extraordinária da Comissão de Segurança Pública para discutir o reajuste salarial dos servidores da área. A categoria pede uma recomposição de 35,54%, conforme o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL), que apresentou o requerimento da audiência. 

Pelo governo de Minas, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão Luísa Barreto estará presente, assim como o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública Rogério Greco. O governador Romeu Zema, o vice-governador Mateus Simões e o secretário de Governo Igor Eto também foram convocados, mas não devem comparecer. 

Também estão confirmados os deputados federais Pedro Aihara (Patriota) e Delegada Ione (Avante), ambos representantes de Minas Gerais no Congresso. Representantes de sindicatos e associações também vão marcar presença. A lista completa pode ser consultada no site da ALMG.

Presidente da comissão, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) afirma que a gestão estadual já está ciente das demandas da segurança pública. “Nós já fizemos três reuniões com o governo: duas com o vice-governador (Mateus Simões) e outra com o secretário de Governo (Igor Eto) e com a secretária (de Planejamento e Gestão) Luísa Barreto. Tudo começou em março. O que nós apresentamos para o governo é exclusivamente a perda da inflação. Lembrando que a Constituição Federal assegura essa revisão”, diz. 

No entanto, Rodrigues reconhece a dificuldade orçamentária do Governo de Minas para alcançar o aumento de 35%. “Se o governo continuar alegando que tem dificuldade em caixa, como sempre alega, que não tem condições de pagar os 35,54% (de reajuste), que ele pagasse pelo menos os 12,84% que está dando para a educação. O governo precisa definir uma política remuneratória. É muito desgastante ficar todo ano batendo na porta do governo pedindo reajuste”, explica.

Também representante desses servidores, a presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Aespol) Aline Risi acompanha o deputado estadual Sargento Rodrigues. “A segurança pública está defasada (em salários) em 35,54% de recomposição, que é direito nosso. Com certeza, a gente quer negociar com o governo. A gente precisa dessa recomposição nem que seja parcelada. Isso vale para todas forças de segurança”, diz.

Entram no bojo da discussão os vencimentos dos servidores das polícias Militar, Civil e Penal, do Corpo de Bombeiros e das políticas socioeducativas. O último aumento da categoria aconteceu no ano passado, quando o governo reajustou os salários de todos os servidores em 10%.

Governo se posiciona

Em nota, o governo de Minas informou que "mantém diálogo aberto com todas as categorias, levando em conta as necessidades dos servidores e o importante trabalho prestado por eles ao Estado. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, considerando que o Estado está no limite prudencial do comprometimento da Receita Corrente Líquida com despesas de pessoal, só seria permitida, pela Lei, a recomposição salarial das perdas inflacionárias".

A administração também esclareceu "que está empenhando todos os esforços para possibilitar que o servidor tenha também em 2023 a recomposição das perdas inflacionárias como ocorreu em 2022. Essa definição depende ainda, no entanto, de garantia de disponibilidade de caixa que possibilite o pagamento, o que está em análise pelo Poder Executivo".

Saúde também cobra

A partir das 7h desta segunda-feira, o Sindicato do Profissional de Enfermagem, Auxiliar de Apoio da Saúde, Técnico Operacional da Saúde e Analista de Gestão e Assistência à Saúde (Sindpros), ligado aos trabalhadores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), inicia uma greve em frente ao Pronto-Socorro João XXIII, em BH. 

"Iremos parar em protesto às perdas de direitos e assédios sofridos por parte do Governo de Minas", informa o comunicado da entidade.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.

No entanto, Rodrigues reconhece a dificuldade orçamentária do Governo de Minas para alcançar o aumento de 35%. “Se o governo continuar alegando que tem dificuldade em caixa, como sempre alega, que não tem condições de pagar os 35,54% (de reajuste), que ele pagasse pelo menos os 12,84% que está dando para a educação. O governo precisa definir uma política remuneratória. É muito desgastante ficar todo ano batendo na porta do governo pedindo reajuste”, explica.

Também representante desses servidores, a presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Aespol) Aline Risi acompanha o deputado estadual Sargento Rodrigues. “A segurança pública está defasada (em salários) em 35,54% de recomposição, que é direito nosso. Com certeza, a gente quer negociar com o governo. A gente precisa dessa recomposição nem que seja parcelada. Isso vale para todas forças de segurança”, diz.

Entram no bojo da discussão os vencimentos dos servidores das polícias Militar, Civil e Penal, do Corpo de Bombeiros e das políticas socioeducativas. O último aumento da categoria aconteceu no ano passado, quando o governo reajustou os salários de todos os servidores em 10%.

Governo se posiciona

Em nota, o governo de Minas informou que "mantém diálogo aberto com todas as categorias, levando em conta as necessidades dos servidores e o importante trabalho prestado por eles ao Estado. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, considerando que o Estado está no limite prudencial do comprometimento da Receita Corrente Líquida com despesas de pessoal, só seria permitida, pela Lei, a recomposição salarial das perdas inflacionárias".

A administração também esclareceu "que está empenhando todos os esforços para possibilitar que o servidor tenha também em 2023 a recomposição das perdas inflacionárias como ocorreu em 2022. Essa definição depende ainda, no entanto, de garantia de disponibilidade de caixa que possibilite o pagamento, o que está em análise pelo Poder Executivo".

Saúde também cobra

A partir das 7h desta segunda-feira, o Sindicato do Profissional de Enfermagem, Auxiliar de Apoio da Saúde, Técnico Operacional da Saúde e Analista de Gestão e Assistência à Saúde (Sindpros), ligado aos trabalhadores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), inicia uma greve em frente ao Pronto-Socorro João XXIII, em BH. 

"Iremos parar em protesto às perdas de direitos e assédios sofridos por parte do Governo de Minas", informa o comunicado da entidade.

---

O TEMPO

Dia do Policial Militar Ambiental

  Neste Dia do Policial Militar Ambiental, homenageamos os verdadeiros guardiões da natureza, que dedicam suas vidas a proteger o meio ambie...