quinta-feira, 29 de junho de 2023


A equipe do governador Romeu Zema (Novo) tenta convencer os deputados estaduais de Minas Gerais a rejeitar emenda que autoriza o Executivo a conceder reajuste de 12,84% às forças de segurança. Parlamentares e emissários do Palácio Tiradentes estão reunidos nesta quinta-feira (29), na sede da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, para tratar do tema.


Segundo apurou a Itatiaia, a primeira missão do novo secretário de Estado de Governo, Gustavo Valadares (PMN), que foi eleito deputado estadual, é convencer os colegas de Parlamento a não aprovarem a recomposição parcial aos policiais.


Os deputados devem votar, nesta quinta-feira, o projeto de lei (PL) que concede reajuste de 12,84% aos profissionais da rede pública estadual. Sargento Rodrigues, do Partido Liberal, prometeu apresentar emenda que permite a Zema conceder o mesmo índice de reposição aos trabalhadores da segurança.


A ideia de Rodrigues é utilizar a emenda como forma de conseguir uma fatia da recomposição total, de 35,44%, desejada pelos agentes. O Palácio Tiradentes, contudo, afirma que as contas públicas estaduais não possuem espaço para mudança nos vencimentos da categoria.


Há deputados que defendem o Executivo como dono de prerrogativa exclusiva na construção de projetos sobre reajustes ao funcionalismo. O líder do bloco governista, Cássio Soares (PSD), anunciou dois dias atrás que se a emenda chegar ao plenário, pretende orientar os colegas a votarem contrariamente.


(Entre) votar meramente uma emenda autorizativa para o governo vetar e, depois, o veto voltar (à Assembleia) e ser um problema para a Casa, prefiro que a gente siga o rito mais correto, que é compreender a situação do estado e acatar apenas o projeto enviado à Assembleia, que foi do reajuste da educação”, defendeu.


Reunião tensa


Segundo interlocutores ouvidos pela Itatiaia, a reunião para tratar da emenda da segurança pública foi marcada por momentos de tensão durante os diálogos. A oposição tenta que o projeto de lei sobre o reajuste da educação seja analisado antes do texto que autoriza o estado a aderir ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF).

O grupo de Zema trata o ingresso no PAF como prioridade. Isso porque, segundo o governo, sem a autorização legislativa, Minas Gerais será obrigada a desembolsar R$ 15 bilhões em caráter imediato.





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