Após o bloco de oposição obstruir a pauta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) à espera da proposta, o governador Romeu Zema (Novo) disse, nesta sexta-feira (19), que a Secretaria de Fazenda ainda estuda qual será o índice de recomposição salarial a ser oferecido para o funcionalismo.
Zema reiterou que o Estado tem questões legais que precisa observar. "Um estado como Minas Gerais tem um limite para dar reajuste que depende da Lei. Então, nós temos que olhar a questão orçamentária, o que a Secretaria de Fazenda já está analisando", pontuou o governador.
Em crítica ao ex-governador Fernando Pimentel (PT), Zema, sem citá-lo, lembrou que a sua gestão regularizou o pagamento de férias-prêmio e de salários. "Não foi a nossa que começou a atrasar salário, que deixou funcionário público sem nenhuma condiçãoo de plano de saúde. Nós temos melhorado e vamos continuar melhorando a vida do funcionalismo público, dentro, é lógico, do que for possível", avaliou.
Apesar de ter confirmado que vai propor um reajuste às carreiras do funcionalismo, o governo Zema ainda não confirmou oficialmente quais serão os índices. Em audiência na Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, o assessor chefe de Relações Institucionais da Secretaria de Estado de Educação sinalizou que o Palácio Tiradentes pretendia oferecer 12,84% para a educação.
Dias depois, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) tornou público, após reunião com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, e com o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, que o governo estudava oferecer 5,8% às demais categorias.
No ano passado, Zema propôs uma revisão geral de 10,06% aos servidores públicos. À época, a educação, a saúde e a segurança pública reivindicavam índices diferenciados.